<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

março 31, 2006

em destaque, joão pedro george e o seu ensaio couves & alforrecas: os segredos da escrita de margarida rebelo pinto. só esta manhã li o artigo no público de dia 29. acabei agora de espreitar alguns blogs com comentários acerca deste assunto que, quer se queira quer não, já é polémico.
é divertido ler nos blogs este tipo de levantamento crítico da obra de uma escritora que, como mrp, vende muito num país onde os hábitos de leitura são vergonhosos. na verdade, qualquer aspirante a escritor gostaria de, um dia, vender igualmente bem.

espero que jpg tenha feito, de facto, um estudo rigoroso das obras da referida escritora, e se tenha debruçado sobre a psicologia das personagens que a autora nos apresenta e depois chegado a uma conclusão sobre a escrita de mrp que nos elucide um pouco mais e, sobretudo, que nos forneça novas pistas para a interpretação de um determinado personagem ou tema que considere recorrentes.
mas se o não fez, acho mal.
se recorre a material que foi escrevendo num blog, debitando factos ou coincidências literárias que teve a oportunidade de constatar durante as suas leituras das obras daquela, então porquê publicar esta crítica em suporte livro?
seduziu-o a ideia de ganhar dinheiro com um conhecimento especializado sobre alguém que vende muito ou será porque o ser humano precisa constantemente de ver o ego satisfeito - no caso, através da visualização de um livro com o seu nome nas mãos de outras pessoas?

seja como for, quem lê mrp não irá comprar massivamente as couves, talvez um ou outro curioso que leia o público, mas desconfio que, quem lê o público, prefere não ler digestivos como os da mrp.
e também deverá ser largamente ignorado por aquele que, como jpg, conhecem (haverá quem ache que conhece) e desprezam a autora ou porque já leram a versão original/condensada/sem adições de ordem «palhística» há algum tempo atrás no esplanar!
sim, haverá quem compre: os amigos de jpg e pessoal da blogosfera que curte esse tipo de onda, sem esquecer o ocasional leitor incauto.

ainda a propósito das couves - devo dizer que o título me cativa, mas ainda assim não irei comprar o ensaio -, há uma crónica - ridícula é a palavra - de margarida rebelo pinto transcrita por jpg no esplanar que poderá suscitar algum riso (acautelem-se!) e comentários aqui e ali.

Etiquetas:

Blogger cassandra disse...

hehe, idem, pois está claro!

2/4/06 16:29  

diz ...

março 29, 2006

don't mind me

i. carregada de dvds, cds e livros, ao passar pelo meio da livraria, detive-me ao ouvir um homem - 40 anos, corpo em boa forma, olhar inteligente - a contar uma história ao seu telemóvel:
- eh pá, agora é isto: chego a casa, ela arranca-me a gravata, põe-se de joelho e começa a chupá-lo, pá! é que tu não imaginas... e há uns tempos ela comprou uns berlindes, pá, eu sabia lá para que é que ela os queria... e depois pôs os berlindes no frigorífico, à noite quando me fui deitar, estava a cama cheia de berlindes e ela atirou-me para cima deles. é claro que gritei, então estavam frios! logo agora que decidi finalmente contar-lhe que sou gay e ela faz isto... assim não dá... não, olha que sou mesmo gay e com muito orgulho! eh pá, andou a ler umas revistas, sei lá, e agora faz tudo aquilo que as revistas dizem... tou f*****!

ii. na rua do arsenal, duas amigas vinham a conversar, no sentido contrário ao meu. pensei que uma delas se desviasse, como é normal as pessoas fazerem. pois não se desviou. levou com a minha mala nos sacos que trazia e com o meu ombro no seu ombro ou braço. devo tê-la magoado ou coisa parecida porque começou a refilar. resposta: "desculpa, não sabia que eram siamesas!"

março 28, 2006

protesto

não ouço do ouvido direito!
quero um ambiente de trabalho com ventilação natural!
e quero o sol quente!
uma pequena história de amor v

"a minha irmã está aqui?"
"não... porquê? que aconteceu?"
"está desaparecida desde esta manhã! ninguém a vê desde que ela saiu para ir passear o cão... e eu pensei..."
"o quê?"
"que ela estivesse aqui contigo... ela recebeu a carta."
"carta? que carta?"
"tu não lhe enviaste uma carta?"
"não... porque havia de lhe enviar uma carta se a vejo todos os dias?"
uma pequena história de amor iv

ele gostava de ser um herói, mas era simplesmente um rapaz vulgar: alto, a magreza a evidenciar a ossatura, mãos e pés grandes. lia o tempo todo, sempre que tinha tempo. era um estudante assíduo, prestável, com notas bastante boas. os seus pais orgulhavam-se de ter um filho tão inteligente. as reuniões de família eram muito enervantes.
o ar puro revigorava-o, passear calmamente entre árvores acalmava-o. o sol, no entanto, incomodava-o de alguma maneira, fazia-o sentir-se desconfortável, como que espiado. a maioria das pessoas que conhecia - amigos, família - não o percebiam. nunca tinham visto mais do que a superfície. por dentro, era um turbilhão de emoções que procurava controlar a todo o custo.
só ela parecia ter percebido, quando lhe dissera, naquele fim de dia muito frio, para continuar a sonhar. como se quisesse ver esses sonhos.

"tens de parar de pensar nela. é a irmã do teu melhor amigo. e é uma miúda ainda..."
começou a separar a roupa para lavar. os seus pais tinham partido num cruzeiro. mandavam-lhe fotos todos os dias para o mail. nelas, o azul do mar parecia nunca mais acabar e o sol, às vezes, dourava esse azul.
subitamente, a campainha soou. várias vezes. enfiou a roupa branca na máquina, carregou nos botões certos e apressou-se a ir abrir a porta.

março 27, 2006

uma pequena história de amor iii

a carta dizia apenas "quero tocar-te". nada mais que isso e, no entanto, ela sentia-se angustiada.
queria saber quem era aquela pessoa, se a conhecia, se nutria algum sentimento por essa pessoa.
naquela noite, depois de lavar os dentes e antes de se deitar, despiu, num impulso, o pijama e mirou-se diante do espelho do roupeiro.
"por que motivo queres tocar-me? eu sou uma miúda, o meu corpo não é nada de especial, nem sequer sou linda. gostava de saber quem és. acho que vou gostar de ti."
estes pensamentos arrastaram-se até à almofada, mas o seu sono foi leve e despreocupado.

março 26, 2006

uma pequena história de amor ii

sentada nos degraus do prédio, ela olhou com atenção e curiosidade a carta que lhe chegara no correio desse dia. tão raramente recebiam mais que contas e publicidade que, por pouco, a carta tinha ido parar ao caixote do lixo.
a mãe tornou a chamá-la para jantar e, com um suspiro, acabou por rasgar um dos lados e retirar o conteúdo. era uma carta pequena. uma folha apenas. e dizia muito pouco, apenas o suficiente para a deixar ruborizada até ao pescoço.
"quem poderia ter escrito isto?", questionou-se durante toda a refeição. no envelope, nada de anormal. o destinatário e a morada, perfeitamente legíveis, escritos à mão. uma caligrafia harmoniosa mas determinada.
à mesa, o seu irmão, que vira a carta, sorriu ao perguntar:
- então, o que era? cartinha do namorado?
o pai olhou-a, expectante, o garfo a meio caminho entre o prato de robalo com arroz e a boca divertida.
- a sério? tens um namorado? e não dizias nada? tens de o trazer cá a casa...
ela baixou o olhar, sentia o rosto a arder, mas ainda assim, respondeu que não tinha namorado e que não se interessava por homens.
mãe e pai sorriram, continuaram a refeição como sempre faziam, entre discussões político-sociais.
o olhar do seu irmão, no entanto, oscilava entre o irónico e o intrigado.
Anonymous Anónimo disse...

e depois, que sucedeu??
(imagina-me com uns olhos muito abertos, à espera dos próximos capítulos...)
nem penses em não continuar a contar!
~~marta

26/3/06 23:56  

diz ...

março 22, 2006

será o homem o único animal suficientemente inteligente para conseguir tornar-se irracional?
às vezes, parecemos escolher ou querer, num dado momento, ser irracionais, como se isso fizesse, pontualmente, sentido.
Blogger João C. Santos disse...

faz sentido seguimos a loucura do desejo...

26/3/06 19:25  
Blogger cassandra disse...

deuses, faz tanto sentido indeed!

12/5/06 21:26  

diz ...

março 21, 2006

uma pequena história de amor i

como se o tempo fosse seu, ele esticou uma mão e sonhou tocar-lhe a pele. os lábios entreabertos provavam-lhe a suavidade dos cabelos que a brisa agitava. ela não percebia nada. ria-se dos disparates que escrevera e apontava uns erros gramaticais ridículos. de vez em quando perguntava-lhe que outra palavra poderia usar em vez de outra que escrevera, mais pomposa e menos correcta. nada, ela não via nada quando o olhava.
a saia delicada, com umas flores mimosas pousadas num verde encantador, dançava em redor das pernas mais femininas que já vira.
conhecia-a há alguns anos. ela era irmã do seu melhor amigo.
tinham passado o ano novo todos juntos, com uns amigos.
conversaram muito, discutiram algumas ideias, umas tolices que se lembrara de dizer.
ela tinha-lhe dito que ele era um sonhador e tinha-lhe agarrado com força a mão, como se lhe dissesse para continuar a sonhar.
e agora não conseguia deixar de pensar nela. na maciez da pele dela. no sorriso meigo dela. no franzir do nariz. na doçura.
queria senti-la junto do seu corpo. queria senti-la.

março 20, 2006

já era tempo de gatafunhar esta lista.
é do melhor que já se fez em anime, por ordem descrescente de qualidade:

1. flcl - furi kuri
2. samurai champloo
3. elfen lied
4. bleach
5. kareshi kanojo no jijou (as revisões dos episódios anteriores são uma seca)
6. scryed
7. gantz
8. saikano
9. kono minikuku mo utsukushii sekai - this ugly and beautiful world
10. ebichu

p.s.: terminei de ver o kare karo, e tive de alterar a classificação. se calhar, até podia subir mais alto, não fosse aqueles resumos cansativos da história so far...

Etiquetas:

Blogger Tiago Franco disse...

Esta lista ainda me vai ser útil

7/12/06 21:43  

diz ...

este fim-de-semana vi o regresso do rei, keeping mum e o hostel - miúdas, vejam isto acompanhadas, por favor. e preparem-se para alguns pesadelos... muito muito bom.
quanto a anime, a próxima será mushi-shi.

Etiquetas:

março 17, 2006

em frança, o governo aprovou uma lei que, segundo o próprio, com o objectivo de reduzir o desemprego na faixa etária mais jovem. o pacote legislativo (cpe) inclui uma medida que permite às entidades empregadoras o despedimento sem qualquer motivo nos primeiros dois anos do contrato - este tipo de contrato só é válido para menores de 26 anos.

isto é mau. frança fica ali ao lado. depois de espanha. e o que por lá acontece, em termos políticos, acaba sempre por influenciar o que acontece em terras lusas.
ah, é verdade! portugal tem 10 anos de atraso relativamente aos países mais produtivos e com maior qualidade de vida da união europeia! daqui a 10 anos isto já deve ser espanha de novo... não acham?
Blogger cassandra disse...

foi aprovada, sim, não houve consulta popular, não houve discussão parlamentar, foi aprovada em conselho de ministros.

18/3/06 10:26  
Blogger João C. Santos disse...

acho que não, estamos mal , mas não deixaremos o nosso país...

Bom dia...

20/3/06 06:50  
Blogger cassandra disse...

todos os dias me apetece deixar portugal, pelo menos sempre que penso na falta de condições do país. mas depois começo a pensar nas alternativas... e em nenhum sítio faz este sol. ou há esta luz. só na grécia. e aí o inverno é mais feio, portanto, mais vale ficar por aqui mesmo...

20/3/06 19:28  

diz ...

a grande ironia

a natureza providenciou uma chuva torrencial mas não temos água em casa desde ontem à tarde.

março 15, 2006

p.s. cinematográfico

neste momento, estou a ver o pride and prejudice. not bad, mas a frontalidade e simpatia de matthew macfadyen não têm nada a ver com o misterioso de colin firth e o seu olhar astigmático e insistente.
a selva cá de casa

março 14, 2006

este fim-de-semana vi finalmente alguns dos primeiros episódios da anime kareshi kanojo no jijou (his and her circumstances), o senhor dos anéis ii: as duas torres (só a semana passada vi o 1º) e the proposition.
the proposition tem uma banda sonora estrondosa: nick cave (que escreveu o argumento do filme) & warren ellis.
acabei de ver the shadow dancer, com harvey keitel e a deliciosa claire forlani.

no final desta semana devo ver o tony takitani de jun ichikawa, adaptado a partir de uma short story de haruki murakami publicada em 2002 no new yorker.
diz KT que mais vale ficarmo-nos pelo que lemos. eu quero ver o resultado da tentativa de passar para filme qualquer coisa saída da imaginação de murakami.

Etiquetas:

Blogger cassandra disse...

a viagem de chihiro não achei muito interessante... mas se gostaste desse, podes ver o howl's moving castle ou o the cat returns. são do studio ghibli e quase tudo o que eles fazem anda muito distante de universos violentos.

20/3/06 22:43  

diz ...

março 12, 2006

"vem trabalhar connosco!" - lenços de papel japoneses



kirin ga suki desu. zouazarashi mo suki desu. ato, ooarikui mo suki desu. demo... kyasshu de otoko no ko to oshaberi suru hou ga motto suki desu.

trad. inglesa em http://www.quirkyjapan.or.tv/japannotations.htm: "i like giraffes. but I like elephant seals more. and I also like anteaters. bu... i like talking to men for CASH a whole lot more."
Blogger S. disse...

No Japão, os lenços de papel estão envoltos em Publicidade e são oferecidos nas ruas porque não há papel higiénico disponível nas casas de banho públicas.

17/3/06 09:10  

diz ...

março 09, 2006

são pequenas as férias, mas espero fazer muita coisa!

março 08, 2006

aviso à navegação

caros bloguistas e demais passeantes, depois de ter tido a oportunidade de encontrar por diversas vezes a palavra "crisálida" associada à minha pessoa, resultando esse encontro numa sensação vagamente desagradável, concluo que aquela palavra não me cativa pela frieza e pela ausência de meiguice que nela pressinto assim como nela noto uma certa condescendência plausível apenas para com adolescentes em fase de maturação que ainda ficam ruborizadas diante de sugestões de índole sexual.

borboleta pode ser.
ou papoila.
Blogger cassandra disse...

o peso da palavra é meu, todo meu, não te atribuí qualquer responsabilidade. apenas pedi que não a relacionem comigo.

9/3/06 13:30  

diz ...

eu devia dar consultas de astrologia e quirologia.
dá dinheiro, dizem.
Blogger Folha de Chá disse...

Se iniciares essa actividade, eu sou a primeira cliente.

12/3/06 17:41  

diz ...

em exibição, numa inspiração livreira perto de si

lynn grabhorn, desculpe, mas... a sua vida está à espera
john demartini, como ganhar uma fortuna dos diabos e ainda assim ir para o céu
john demartini, transformação pessoal: a experiência da superação
maría jesús álava reyes, a inutilidade do sofrimento
john edward, e se deus fosse o sol?
shawn christopher shea, felicidade existe


a ler realmente ...
marc de smedt, a lenda de talhuic (estrela polar, 2006)
guy claxton e bill lucas, seja criativo: como revitalizar a sua vida pessoal e profissional (casa das letras, 2006)

Etiquetas:

março 07, 2006

da inevitabilidade do morrer

"there is perhaps no other time at which mortal woman is closer to the sacred feminine than in the act of giving birth. it is, after all, the process of birth and death that sustains the great mother, and birth always contains the seed of death."

in adele getty, goddess: mother of living nature (thames & hudson, 1990)


nota bene: não sei se concordo com a palavra "act" para exprimir algo impreterível uma vez o corpo ocupado. se houve acto, enquanto tal, foi sexual. no offense.

Etiquetas:

Blogger cassandra disse...

não me seria possível escrever aqui tudo o que gostaria sobre o parir e a evolução das relações humanas a partir da relação filho-mãe-filho.
na verdade, não o poderia fazer - nem tenho direito a essa pretensão - de forma honesta e completa porque nunca pari. e francamente, interessa-me mais que a mulher se valorize a si própria enquanto tal e não como tendo uma existência validada pelo facto de ser mãe ou esposa ou exercer um cargo de poder e influência.

8/3/06 21:09  
Blogger cassandra disse...

entendi sim. ficaram coisas por dizer. às vezes não me explico nos posts porque acho que todo universo está em sintonia com a frequência neuronal do meu cérebro e que vai imediatamente perceber o que quero dizer. depois é claro que tento acrescentar mais alguma coisita esquecida...

8/3/06 22:54  

diz ...

março 06, 2006

quando chove, o outro lado do tejo parece ficar mais perto e distinto.
Blogger João C. Santos disse...

caminho pela chuva, com esperas,

que se tornaram inuteis...

7/3/06 04:27  
Blogger cassandra disse...

raramente me acontece regressar a outras chuvas quando agora chove - o passado tem um peso relativo. e quanto ao outro lado do coração... se formos sinceros com nós próprios, conseguimos aceder a qualquer lado do coração. é uma conjectura. eu não sinto nada com o coração. só com a mente.

7/3/06 08:36  
Blogger cassandra disse...

aliás o meu post era meramente uma observação fotográfica, nada mais profundo que isso.

7/3/06 08:45  
Blogger cassandra disse...

hehe, claro que não, fica à vontade!

7/3/06 19:12  

diz ...

março 02, 2006

passei a infância a tentar parecer mais velha, a tentar fazer com que o aspecto físico ou a percepção física que as pessoas tinham de mim fosse mais condizente com aquilo que eu era, na altura, em termos intelectuais/mentais.
e isso ficou-me, pelo menos, até há uns anos atrás.
felizmente, as pessoas mudam e eu percebi que eu é que tenho de me sentir confortável sendo quem sou e ter, dentro do realizável, a mais aproximada percepção de quem sou.
Blogger r.e. disse...

acho que esse é mesmo o início de uma serenidade a que saberás dar cada vez mais valor. beijinho. J

6/3/06 01:36  

diz ...

da parolice

gosto mesmo do campo, da frescura do ar, das sinestesias recorrentes e tranquilizantes. e as pessoas tão meigas e cheias de uma simplicidade que nos faz mesmo falta!
mas ontem no comboio, algumas moças da província - chamar-lhe-ias a minha mãe e quiçá a minha avó se ainda falasse - vestidas todas elas segundo padrões de moda altamente modernos e pró-novas tecnologias (contra as quais nada tenho!) aplicadas ao fabrico de tecidos gabavam-se do prazer que tiravam em chegar às suas terras e ostentar as suas aquisições oh-so-fashionable que só na cidade grande se podem encontrar. isto não se faz.
ainda por cima, com tantas cores diferentes, e a esforçarem-se tanto em mostrar que são diferentes e sofisticadas, só conseguem parecer umas palhacitas com ar simpático.

eu tenho uma prima que também é assim.
aos 14 anos começou a ir a lisboa - apesar de viver a uns largos quilómetros da metrópole - para comprar roupas e sapatos e maquilhagem.
hoje em dia parece ter 5 anos mais do que realmente tem. e é uma emproada.
Blogger r.e. disse...

e a parolice de que falas estende-se aos universos intelectuais e culturais. é um mal transversal. um provincianismo que em momentos de lucidez, em quem consegue distância para tal, se afigura de um ridículo que deixou há muito de ser comovente sequer. beijinho. J.

3/3/06 00:05  
Blogger cassandra disse...

os parolos intelectuais então são insuportáveis, com as suas teorias miméticas sobre arte e cinema e o raio-que-os-parta.

3/3/06 20:57  

diz ...