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agosto 25, 2007

do significado dos sonhos

antes de ir de férias, tive um sonho extremamente vívido e colorido. cheio de sons, também.

estava na zona de arroios e foi nessa estação que entrei no metro. lá dentro, o cheiro nauseabundo pareceu-me mais intenso que o habitual, mas não me preocupou. as pessoas falavam muito alto e cada vez mais alto, de tal modo que me vi forçada a sair na paragem imediatamente a seguir, ou seja, nos anjos.
dentro do metro, uns ciganos esfaqueavam-se. uma mulher indiana gritava, diante de outras indiana impávidas que acicatavam o marido daquela, entretido em puxar-lhe a trança com uma força descomunal.
já fora do metro, as crianças brincavam sujas e esfarrapadas nas ruas, os velhos mal se mexiam e quando adolescentes se cruzavam com eles, matavam-nos ao pontapé. o mesmo sucedia com bebés abandonados. as pessoas empurravam-se e esfolavam-se por umas gotas de água de uma fonte nojenta.
os autocarros vinham sobrelotados e se algum janota de fato entrava neles, era roubado pelos miúdos e devorado pelas velhas. estas eram as piores: quando me viram, agarraram-me e licitaram os diversos orgãos do meu corpo, assim como o próprio corpo e as roupas e os dentes...
nua, enfiaram-me numa jaula, com outras miúdas.
dormi e quando acordei estava numa cama, acorrentada. a casa onde eu estava foi saqueada e uma mulher alerta libertou-me e disse "apanha o 23 e não entres no bairro onde ele termina".
assim fiz. apanhei o 23, o eléctrico 23, cujo destino era o bairro das colheres.
no bairro das colheres - percebi à chegada ao fim do percurso - era um bairro de drogados, traficantes, mafiosos e fuinhas afins.
olhei de soslaio, não entrei, mas vi um puto rebentar os miolos de uma mulher grávida.
continuei a andar. não sabia onde estava, nem para onde ia, mas sabia que tinha de continuar a andar.
as pessoas na rua olhavam-me cada vez mais intensamente. cores garridas nas suas roupas, olhares apertados, coercivos. sentia-me sem fôlego. fechei temporariamente os olhos e faltou-me o ar quando senti alguém agarrar o meu braço. ia gritar, abri os olhos, e não estava ninguém por perto. calei o grito.
ia escurecendo. começava a zona do intendente. dois homens tomavam de assalto o ânus de uma adolescente vistosa. parecia uma gazela apertada contra um caixote do lixo. apertei o casaco. o casaco tinha aparecido do ar. mas ainda bem que o tinha. os velhos olhavam-me cheios de visco no olhar. outros simplesmente masturbavam-se à passagem de mulheres e miúdas.
senti de novo alguém apertar-me o braço e sacudi-o. ninguém.
então, encostei-me a uma porta e tropecei num degrau atrás de mim. um homem socorreu-me.
disse-me "o baloiço ainda está no mesmo sítio" e quando nos voltámos, encontrei o baloiço da minha infância, verde, alto, seguro.
quando me sentei nele, sorri e deixei-me levar pelo vento.
quando fechava os olhos, sentia o calor dele no braço.
se abria os olhos, era miúda de novo.

n.b.: a propósito do folclore e da mitologia urbana em torno dos anjos/intendente, não me alongarei: falem com pessoal nascido e criado em lisboa.

e agora...?
alguém me sabe explicar este sonho?
Blogger ... disse...

E não é que agora te posso dizer que, olha: há um tempinho assisti ao Spirited Away ("A Viagem de Chihiro", aqui no Brasil). A narrativa, deves saber, é um bom pesadelo; e que passou-me ao sonho daquela noite, olha que vê só!
E, pois, levantando já com meio sol (bom é que pela manhã vem a alegria), pus-me a refletir o quão pode ser pressurosa em nós a memória de um anime.
Por isso, pergunto-te: também tirarás férias dos animes?


defilipe.blogspot.com

26/8/07 06:08  
Blogger S. disse...

Ou tu tens de ver menos filmes ou eu tenho de mudar de casa...

31/8/07 16:46  

diz ...

gesto rotineiro, procuro secar o mais possível o cabelo comprido, primeiro com a toalha, depois com o secador, a cabeça inclinada para a frente, o cabelo feito cascata negra. aproximas-te e beijas-me a nuca ou o lóbulo da orelha ou mordes-me o ombro. e é assim que eu vibro.
visto-me, quase sempre apressada nem eu sei por que razão, e quando puxo o cabelo para fora do casaco ou da t-shirt, surges atrás de mim e apertas-me a cintura, as tuas mãos descem ligeiramente, cada uma a seu ritmo, e sentem a textura debaixo delas, certas da carne e do cheiro dessa carne.
antecipo esse momento, porque é aí que me reconheço.


sinto-me aérea e confusa.
estou em pleno terreno de batalha entre a lógica e a emoção.

agosto 20, 2007

não é nada de novo, mas volto a dizer que é preciso encontrar o equilíbrio na vida de cada um. e esse equilíbrio é forçosamente diferente de pessoa para pessoa, porque é assim que a engrenagem humana funciona.
de contrário, seríamos máquinas e não seres.
e porque pensamos, agimos em conformidade com os nossos pensamentos, com as nossas crenças e com os nossos medos.

mas se os nossos medos conduzirem as nossas acções - e conduzem uma boa parte, temos de o admitir - serão as decisões que tomamos ao longo do dia, ao longo da vida, insignificantes e mesmo menosprezíveis?

a realidade de cada um é sempre limitada, aproximando-se a um microcosmos de memórias e automatismos cuja diversidade é imensa, desde lampejos anamnésicos de pura felicidade a longos minutos de trauma psicológico.
uns têm uma gaveta mais optimizada, que encontrou forma de rentabilizar mesmo as más memórias (experiências), outros simplesmente não conseguem aceder a esse processo e vão sucessivamente negando as memórias que têm, acabando por vezes, por construir novas memórias falsas cujo objectivo é criar a ilusão de auto-satisfação.
na verdade, as pessoas sabem que mentir para si próprias é o equivalente a um falso silogismo ou a uma divisão por zero. o resultado é nulo.

durante as diversas fases da nossa vida, precisamos de ajustar a nossa realidade, fazer-lhe uns updates e incluir novos detalhes que a vão enriquecendo.
trabalhar em equipa é uma dessas fases preciosas. conhecem-se várias pessoas, com os mais diversos e curiosos conhecimentos empíricos e técnicos.
neste ponto comum, materializam-se várias diferenças, várias realidades. sem colisão, sem antagonismo.
e dessa forma, ao assumirem-se essas diferenças entre as diferentes memórias, percebemos que, consequentemente, as leituras que cada ser faz, ao longo da sua vida, de uma mesma situação, irão ser sempre diferentes. de pessoa para pessoa. de dia para dia. consoante as variáveis. consoante as memórias envolvidas.

deste modo, chegamos ao equilíbrio. o estado de que falo será aquele em que um ser se harmoniza no seu interior e no seu exterior em processos análogos, não necessariamente contemporâneos.
por vezes, sucede uma pessoa estar em equilíbrio no seu interior mas não o sabe exteriorizar. outras vezes, encontramos pessoas aparentemente equilibradas que se revelam instáveis, inseguras e com medo, através de reacções inesperadas.
nesse instante, devemos mostrar-nos compreensivos e pacientes, mas não devemos fingir que não percebemos o medo e a insegurança. isso fomentará a ilusão de equilíbrio.

do cimo de uma montanha, só pode descer um rio de águas limpas.

agosto 07, 2007

mais uma noitada da treta.
desta feita, tudo correu mesmo muito mal.
muita presunção, falta de conhecimentos logísticos e uma ausência de respeito pelo trabalho uns dos outros assim como do espaço pessoal de cada um.
são 6h44m e isto só deve ficar com a estantaria montada por volta do meio-dia.
sou optimista por natureza, lembrem-se disso.
Blogger Vicious disse...

Pois é, foi mesmo uma grande treta! Adoram fazer coisas no limite e sem um planeamento decente. Quem sofre somos nós...não me lembro de alguma vez ter tido tanta porcaria em cima de mim (o que vale é que já tomei um grande banho...). Desta vez tivémos uma rave de pó e caixas por arrumar!

7/8/07 15:26  

diz ...

agosto 06, 2007

ora bem...

com o dinheiro que o ministério das finanças me devolveu, onde irei em 2008: namíbia ou japão?
let me think about it.
Blogger Vicious disse...

Japão;D

7/8/07 15:28  
Blogger cassandra disse...

japão :))) yatta! ureshii!

10/8/07 23:54  

diz ...

agosto 02, 2007

ir, pela primeira vez, a uma sessão de pedicura foi extenuante. quase como ir ao dentista.
tudo porque ela me disse que tenho um fungo nas unhas.
um fungo??

agosto 01, 2007

trabalho ali há precisamente 7 anos.
em 2008 já lá não estarei.
todos temos os nossos limites.
Anonymous Anónimo disse...

entonces, que pasó?

1/8/07 11:04  
Blogger cassandra disse...

nada de mais ;) vão abrir novas lojas e vou candidatar-me a elas. acho que há paisagens muito bonitas por esse portugal profundo (e mesmo naquele não tão profundo assim).

1/8/07 23:58  
Blogger José Pires F. disse...

È isso.
Com a coragem na ponta do peito (que é o mesmo que dizer de peito feito e isto não fica bem se for escrito para uma senhora e, é, mas agora já está), enfrentarás o novo desafio.

Olha… eu vou mas é de férias.

Abraço.

2/8/07 02:09  
Blogger cassandra disse...

afortunados aqueles que gozam os dias com frescura e calma divinas. também quero!!

2/8/07 11:49  
Blogger Vicious disse...

Eu trabalho ali há quase dois anos e já estou farta... Em 2008 também espero não estar lá!!

3/8/07 23:56  

diz ...