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janeiro 27, 2005

acredito no "eu sinto", não acredito no "eu consigo sentir".

e agora a explicação: a ideia de indução da sensação desagrada-me, soa a falso, ilusório e denuncia uma qualquer falha não sei bem a que nível. daí que, quando digo "eu sinto", sou eu sozinha que recebo dentro de mim uma qualquer coisa e a ela reajo.
não preciso de ajuda para sentir.
e tento não racionalizar demasiado esse sentir...
Blogger Amaral disse...

O sentimento é a linguagem da alma.Talvez por isso o António Damásio tenha dificuldade em localizá-lo...

27/1/05 12:04  
Blogger O poeta noctívago disse...

Sente. Não te preocupes em sentir.

29/1/05 01:20  
Blogger Tiago Franco disse...

Estou contigo. Espero que não te importes, mas mais tarde ou mais cedo vou ter de citar este post para tentar explicar uma ideia.
Vá lá...

31/1/05 20:41  
Blogger cassandra disse...

mi casa es su casa :)

1/2/05 23:33  

diz ...

janeiro 26, 2005

já se encontra à venda o mítico batman: arkham asylum escrito por grant morrison e ilustrado pelo mestre dave mckean em edição portuguesa pela devir.

todos temos fantasmas dentro de nós.
Blogger O poeta noctívago disse...

Adoro o Batman. É a minha criação predilecta do mundo BD. Estou ansioso pelo filme do Chris Nolan.

29/1/05 01:23  

diz ...

não se enganaram, estão mesmo no somatos:
este é o corpo! Posted by Hello

Blogger Amaral disse...

Posição vulgar no WC. ;)

27/1/05 12:07  
Blogger R2D2 disse...

Ó Amaral, posição de WC!!!??? De joelhos!!!??? Que falta de tacto.

27/1/05 17:37  
Blogger cassandra disse...

muita gargalhada deste lado :))

27/1/05 18:01  
Blogger Amaral disse...

Eheheh...
Parece que a "malta" se agitou... mas esperava mais...

27/1/05 19:32  
Blogger cassandra disse...

hmm... esperavas mais quê? e de quem? tinha pensado noutra imagem, mas era despropocionalmente obscena relativamente ao meu estado de espírito...

27/1/05 20:42  
Blogger O poeta noctívago disse...

Como imagem bela que é, não deixa de ser bastante sugestiva...

29/1/05 01:21  
Blogger Amaral disse...

...esperava mais agitação da "malta blogueira"...ao meu comentário...
Simplesmente isso, Cassandra!
Essa ou outra imagem, não passa disso simplemente: UMA IMAGEM. Apesar de valerem mais que mil palavras, não serão gritos ao universo se não possuirem o dom de nos transformar naquilo que é sublime.
Apenas e só!

3/2/05 18:48  
Blogger cassandra disse...

bonito, isso...

4/2/05 00:11  

diz ...

O conceito de gestão do conhecimento, que não é novo, porventura nunca terá sido tão divulgado quanto hoje em dia.
É algo muito positivo quer a nível pessoal, quer a nível socio-económico, uma vez que funciona, em parte, como impulsionador dos níveis de produtividade singular e colectiva de uma empresa.
Gerir o conhecimento que se tem, que se foi adquirindo (em cursos, com amigos, nas salas do cinema, na internet, na rua, em bibliotecas, em hospitais, lendo) é algo que alguns de nós, bloguistas, fazemos de forma, por vezes, inconsciente e natural.
Gostamos de mostrar o que sabemos, que sabemos e como soubemos. Gostamos de partilhar esse saber, não somos egoístas e percebemos os benefícios dessa partilha.
A nível pessoal, funciona de forma autónoma, sempre através de um código linguístico comum, sendo a origem e o destino um ser humano interessado. O que conhece e quer conhecer. Só pode partir de alguém confiante no que conhece e que sinta esse impulso de partilhar o que conhece, mas também só poderá ser inteiramente aceite e recebido por alguém em sintonia, alguém que sinta essa partilha de conhecimentos nunca como uma imposição ou estebelcimento de superioridade e sim como um estímulo intelectual.

Ora, se em termos individuais não podemos falar de uma responsabilidade nessa partilha, já a gestão do conhecimento a nível empresarial deverá ser estruturada por aqueles que (1) têm conhecimentos, (2) sentem necessidade de os partilhar e (3) percebem as vantagens provenientes dessa partilha.
Este cenário seria algo difícil de imaginar numa PME em Portugal há algum tempo atrás: são demasiados departamentos diferentes povoados por personagens diversas com interesses frequentemente divergentes senão mesmo opostos, por aí. Mas a tendência corporativa é a da valorização do conhecimento real adquirido.
Aí, a tecnologia torna-se fundamental porque revoluciona comportamentos profissionais à medida que os intervenientes vão adquirindo experiência no recurso às tecnologias enquanto instrumentos de trabalhos.
Simultaneamente, um trabalhador de uma empresa que organiza um programa de gestão de conhecimento, adquire também mais confiança no trabalho que realiza ao compreender o que faz, ao conhecer o que faz: todo o trabalho por ele produzido é personalizado porque resulta de um conhecimento que só ele tem, resulta de uma perspectiva única. Esse movimento interno gera um tipo de recompensa que muitos ignoram ser necessária, a recompensa mental, a sensação de bem-estar que nasce do contributo intelectual.

É claro que todos os dias, em Portugal e não só, se vai perdendo um pouco mais de confiança nas capacidades profissionais uns dos outros, sobretudo por falta de confiança mútua ou porque o ambiente de trabalho corporativo é desagradável - para dizer o mínimo -, mas também por ainda vigorar, em muitas empresas, um sistema de compensação do "amigo" e não do "inteligente" ou porque o número de pessoas capazes de gerir conhecimentos é largamente ultrapassado pelo número de pessoas que (a) não percebem o que fazem onde fazem quando lhes mandam ou (b) são aversas a ideias que não surjam dos seus próprios cérebros, não importa se os mesmos se encontram offline já há algum tempo.

Urge difundir este conceito, caros bloguistas!
Blogger taparuere disse...

e quantos outros antes de esse?

13/2/05 22:23  

diz ...

janeiro 24, 2005

se amanhã fizer sol - como tudo parece indicar neste país maravilhoso que ainda mantém estações como se de rituais religiosamente intemporais se tratasse - juro-vos que, se amanhã fizer sol, vou mergulhar na areia, deixar a pele exsudar, beber um chá gelado de hortelã-pimenta com aloé vera (aparentemente, é fashionable e new age e amigo do ambiente e dos animaizinhos... blá blá), com um livro sobre a cara por causa de sardas ignoradas.
se amanhã fizesse sol, eu seria tão feliz!
assim? Posted by Hello
Blogger R2D2 disse...

Podem ser em prata!? Prefiro o cinza ao dourado. ;)
Cumprimentos

26/1/05 17:58  
Blogger cassandra disse...

pois é... na minha imaginação eram de platina mesmo. muda para prateado na tua cabeça :)

26/1/05 21:39  
Blogger Amaral disse...

A força do desejo?...

27/1/05 12:10  

diz ...

roubaram-me a carteira. com documentos. e a minha fotografia preferida. e a marcação de uma consulta importante. a carteira era japonesa, amarela às flores. kitsch, linda. ah, e o telemóvel. tenho alguns números na minha cabeça, como se fossem borboletas desfeitas...
Blogger Amaral disse...

Oh, Cassandra!... Será que não serão pensamentos negativos a desajeitarem-te o dia-a-dia?

25/1/05 11:58  
Blogger cassandra disse...

não, fui mesmo roubada.~

26/1/05 00:11  

diz ...

janeiro 21, 2005

- atenção, senhores passageiros, o comboio procedente da guarda com destino a lisboa santa apolónia vai descarrilar na linha número 4.

:))
Blogger Amaral disse...

Do número 3, pacíficos terráqueos, está chegando com ar ameaçador um exército marciano! Quem nos acode?...A história de Orson Welles volta aos écrãs muito proximamente. Não para nos assustar, certamente. Talvez para mais um negócio chorudo distribuído por esse mundo fora, coisa a que um "Indigo-The Movie" não terá direito, porque o sensacionalismo está virado para estas coisas mais mediáticas e explosivas...

23/1/05 00:57  
Blogger Luís Serpa disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

23/1/05 23:57  
Blogger Luís Serpa disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

23/1/05 23:57  
Blogger Luís Serpa disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

23/1/05 23:57  
Blogger Luís Serpa disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

23/1/05 23:57  
Blogger Luís Serpa disse...

Felizmente, as suas previsões não se concretizaram. O comboio não descarrilou na linha nº4 - descarrilou contudo mais tarde, já ele tinha chegado, jantado, e sentido por ela o desejo crescer. Ela fora esperá-lo à estação: no meio de toda aquela gente sentiu-se perdida, diluída. Muitos esperavam o mesmo comboio, muitos (ou muitas) esperavam o mesmo "ele". "Estou farta de esperar", pensou. "Tinha prometido a mim mesma que nunca mais cairia na armadilha da ausência, esse falso consolo."

Contudo lá estava ela outa vez, à espera, na linha nº4, claro, a única que conhecia naquela estação. Quando viu o comboio entrar teve a percepção nítida que não pararia a tempo, e continuaria pela cidade dentro, tal como desejava senti-lo dentro dela.

Foram para casa preparar o jantar. Ouviram música, dançaram e fizeram o primeiro amor de pé, ao som de um “slow” da Idade Média. Depois deitaram-se. Mas ela não dormiu: "este comboio descarrilou", pensou, "este comboio vai descarrilar, hoje, amanhã ou depois."

Levantou-se, vestiu-se, e foi para um bar no Cais Sodré beber whiskies e tentar marinheiros bêbados. Quando chegou a casa ele já lá não estava.

24/1/05 00:08  

diz ...

janeiro 17, 2005

ela já não tinha paciência para aquelas voltas todas, e as pernas começavam a dar de si: descer as escadas, verificar se os tubos estão todos ligados nas saídas correctas, meter tudo lá para dentro, olhar em redor e ignorar o pó acumulado um pouco por todo o lado, esperar até o chão parar de estremecer, puxar os tubos, desligar a máquina e, depois de um suspiro asmático, tornar a trilhar as escadas periclitantes pelo abuso de décadas. saía depois para a varanda e observava o fumo sair pela chaminé e fugir com as nuvens para outras paragens.
Blogger r.e. disse...

se tivesse respeitado a reação instintiva de suspender a respiração até poder continuar a percorrer os passos desta personagem, teria sucumbido na ansiedade de conhecer melhor tal figura. esperi que não tenhas fugido com as nuvens para outras paragens :) beijo. J.

21/1/05 01:51  

diz ...

janeiro 16, 2005

juro que também não consigo perceber...
quando é que fiquei tão mansa? tocas-me e a minha pele vai atrás da tua, feita tonta, sem dúvidas.
quando a tua mão brinca com o meu cabelo, não percebo a minha quietude.
e a tua paciência... isso é algo completamente estranho para mim.
as pessoas passavam sempre tão depressa por mim...
Blogger r.e. disse...

todos os cursos de água têm uma pedra especial a contornar, toda a brisa esbarra num par de narinas que a interpreta, toda a alma embate de vez em quando no inesperado. beijinho. J.

17/1/05 19:51  

diz ...

arregaço-me e espero por ti.
mesmo depois de ires, continuo à espera e com a pele a ferver, ansiosa. Posted by Hello



sabine schönberger
Blogger cassandra disse...

se voltar, fico sem fôlego e rubra: as minhas mãos fingem-se púdicas mas depressa encontram um brinquedo à sua medida...

17/1/05 20:33  

diz ...

janeiro 12, 2005

será que realmente leram o post anterior?


"já lavei os meus pés, como os tornarei a sujar?"


não é delicioso?
Blogger L disse...

Todo o "post" anterior é delicioso. Quanto à frase citada, tem alguma teoria?

16/1/05 12:21  

diz ...

cântico dos cânticos, livro v

i. vim para o meu jardim, irmã minha, esposa minha: colhi a minha mirra e a minha especiaria, comi o meu favo com mel, bebi o meu vinho e o meu leite: comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
ii. eu dormia, mas o meu coração vigiava: é a voz do meu amado, que está batendo - abre, irmã minha, amiga aminha, pomba minha, porque a minha cabeça cobre-se do orvalho e os meus cabelos das gotas da noite.
iii. já despi os meus vestidos; como os tonarei a vestir? já lavei os meus pés, como os tornarei a sujar?
iv. o meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta e o meu interior estremeceu pelo seu amor.
v. levantei-me para abrir a porta ao meu amado e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos destilavam mirra sobre as aldrabas da fechadura.
vi. abri-a ao meu amado, mas já o meu amado se retirara e se fora. a minha alma desfalecera quando ele falara - busquei-o e não o achei; chamei-o e não me respondeu.
vii. encontraram-me os guardas que rondavam a cidade: espancaram-me, feriram-me; tiraram-me o meu manto, os guardas das cidades.
viii. peço-vos, ó filhas de jerusalém: se encontrardes o meu amado dizei-lhe que por ele desfaleço de amor.
ix. em que o teu amado é mais do que outro amado, ó mais formosa entre as mulheres, para que tanto nos supliques?
x. o meu amado é inocente e brilhante; entre dez mil, é ele que porta a bandeira.
xi. a sua cabeça é como o ouro mais fino, os seus cabelos são crespos e pretos como o corvo.
xii. os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite e postos em engaste.
xiii. as suas faces são como um canteiro de bálsamo e como outeiros de ervas aromáticas; os seus lábios são como lírios que gotejam mirra.
xiv. as suas mãos são como anéis de ouro com turquesas engastadas; o seu ventre como alvo marfim, coberto de safiras.
xv. as suas pernas são como colunas de mármore, erguidas sobre bases de ouro puro; a sua imagem é como a do líbano, excelente como os cedros.
xvi. o seu falar é suave. no seu todo, ele é desejável. assim é o meu amado, assim é o meu amigo, ó filhas de jerusalém.


in salomão, cântico dos cânticos (sintra, edições mar*fim, 1987) tradução de maria simão

janeiro 10, 2005

há sempre um músculo contraído.

inverno. difícil. recolher. encolher. tolher.
Blogger O poeta noctívago disse...

Já me faz lembrar alguns jogos de palavras do Michael Stipe...

11/1/05 02:31  
Blogger r.e. disse...

gostei. a sucessão vocálica lembrou-me algo que escrevi há pouco tempo. se quiseres, passa por lá: http://extensamadrugada.blogspot.com/2005/01/flor-ngreme.html
tenho vindo aqui e tem sido bom descobrir o cântico dos cânticos pontilhado pelas tuas palavras. bom equilíbrio. J.

16/1/05 17:37  
Blogger cassandra disse...

r.e., sê bem-vindo!
a direcção será generosa :)

17/1/05 20:36  

diz ...

janeiro 09, 2005

é bonito, este rapaz com o seu atum.
Blogger Luis Gaspar disse...

há 25 anos na faina e nunca tinha visto um atum assim.

10/1/05 03:04  

diz ...

janeiro 05, 2005

Posted by Hello


marike bruwer, cosmofields (south africa)
Blogger cassandra disse...

o teu comentário enche-me o coração. felicidades para ti.

8/1/05 15:08  
Blogger Luis Ricardo disse...

me gustó mucho la foto, me hace desear estar ahí
es muy bella.
el cielo despejado, las nubes frágiles...

9/1/05 18:53  

diz ...

janeiro 04, 2005

esta manhã o professor faltou.
quando dei por mim, estava na igreja do loreto, no chiado.
inspirei fundo, sentei-me e fechei os olhos.
congratulei-me pela força que consegui recuperar durante o ano ido, pelo retorno do sorriso aberto aos meus lábios, pela doçura que eu julgava perdida.

dez horas mais tarde, é-me proposto um cargo que sempre ambicionei.

um carinho, enquanto espero pelo comboio :)

a minha mãe quis saber quanto é que eu vou passar a ganhar...
Blogger Carla de Elsinore disse...

risos. as mães são capazes de um pragmatismo fulminante.

5/1/05 04:21  
Blogger Luis Gaspar disse...

Para-se muito na igreja do loreto, não se para? Tenho essa sensação. Que lá paro vezes demais. Ter uma vida emocional no bairro alto não compensa: é sempre a descer para o loreto.

9/1/05 05:08  

diz ...

janeiro 03, 2005

cântico dos cânticos, livro iv

i. como és formosa, amiga minha: entre as tuas tranças, os teus olhos são como os das pombas, e o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de gilead.
ii. os teus dentes são como o rebanho de ovelhas tosquiadas que sobe do lavadouro, nenhuma delas estéril e todas gerando gémeos.
iii. os teus lábios são como um fio de escarlate e o teu falar é doce; a tua fronte é como um pedaço de romã entre as tuas tranças.
iv. o teu pescoço é como a torre de david, projectada para pendurar armas: dela pendem mil escudos, broquéis de valentes.
v. os teus dois seios são como dois filhos gémeos da gazela apascentando entre os lírios.
vi. irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso antes que refresque o dia e caiam as combras.
vii. amiga minha: és toda formosa e em ti não existe defeito.
viii. vem comigo do líbano, minha esposa; olha o horizonte desde o cimo de amana, desde o cimo de senir e de hermon, desde as moradas dos leões e dos montes dos leopardos.
ix. tiraste-me o coração, minha irmã, minha esposa: tiraste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço.
x. como são belos os teus amores, irmã minha! ó esposa miha! como são melhores que o vinho os teus amores e como é melhor aroma dos teus bálsamos do que o de todas as especiarias.
xi. favos de mel emanam dos teus lábios, ó minha esposa, mel e leite encontram-se sob a tua língua e o cheiro das tuas roupas é como o cheiro do líbano.
xii. és como um jardim fechado, minha irmã, minha esposa: fonte selada.
xiii. os teus enfeites são como um pomar de romãs com excelentes frutos: o cipreste e o nardo.
xiv. o nardo, o açafrão, o cálamo e a canela, e muitas árvores de incenso, a mirra, o aloés e todas as principais especiarias.
xv. és a fonte dos jardins e o poço das águas vivas que correm do líbano.
xvi. ergue-te, vento norte, e vem, vento sul: soprano meu jardim, espalhando os aromas. ah, se viesse o meu amado para o seu jardim e comesse os seus excelentes frutos!


in salomão, cântico dos cânticos (sintra, edições mar*fim, 1987) tradução de maria simão
o momento em que a pele percebe que será tocada até entrar em combustão Posted by Hello



piotr kowalik
Blogger O poeta noctívago disse...

Que esplêndida imagem!

4/1/05 15:34  

diz ...

- surrealista o teu ultimo
- foi o meu pesadelo desta noite
- "que energia tem o medo?" é giro, mas escapa-me o real sentido
- enquanto dormia, sei que senti medo, como se estivesse a viver uma situação real. o medo leva a um aumento dos níveis de adrenalina no sangue
- se estivesses comigo agarravas-me
- se estivesse contigo, talvez não tivesse pesadelado
caio do cimo de um prédio em andamento pela avenida mais larga. deve ser uma cama. com buraco. ou então, o soalho antigo cedeu ao peso. mas que peso, se eu sou invisível? terei massa corporal? caio. fios que me podem salvar sustentam-me as pernas e os braços, mas imagino-os frágeis. disseram-lhes para me salvar, mas na realidade querem largar-me no escuro. as costas contraídas, suadas, estremecem ao acordar. estico uma perna, depois a outra, salto da cama, assustada. abraço-me.
que energia tem o medo?