Do número 3, pacíficos terráqueos, está chegando com ar ameaçador um exército marciano! Quem nos acode?...A história de Orson Welles volta aos écrãs muito proximamente. Não para nos assustar, certamente. Talvez para mais um negócio chorudo distribuído por esse mundo fora, coisa a que um "Indigo-The Movie" não terá direito, porque o sensacionalismo está virado para estas coisas mais mediáticas e explosivas...
Felizmente, as suas previsões não se concretizaram. O comboio não descarrilou na linha nº4 - descarrilou contudo mais tarde, já ele tinha chegado, jantado, e sentido por ela o desejo crescer. Ela fora esperá-lo à estação: no meio de toda aquela gente sentiu-se perdida, diluída. Muitos esperavam o mesmo comboio, muitos (ou muitas) esperavam o mesmo "ele". "Estou farta de esperar", pensou. "Tinha prometido a mim mesma que nunca mais cairia na armadilha da ausência, esse falso consolo."
Contudo lá estava ela outa vez, à espera, na linha nº4, claro, a única que conhecia naquela estação. Quando viu o comboio entrar teve a percepção nítida que não pararia a tempo, e continuaria pela cidade dentro, tal como desejava senti-lo dentro dela.
Foram para casa preparar o jantar. Ouviram música, dançaram e fizeram o primeiro amor de pé, ao som de um “slow” da Idade Média. Depois deitaram-se. Mas ela não dormiu: "este comboio descarrilou", pensou, "este comboio vai descarrilar, hoje, amanhã ou depois."
Levantou-se, vestiu-se, e foi para um bar no Cais Sodré beber whiskies e tentar marinheiros bêbados. Quando chegou a casa ele já lá não estava.
Do número 3, pacíficos terráqueos, está chegando com ar ameaçador um exército marciano! Quem nos acode?...A história de Orson Welles volta aos écrãs muito proximamente. Não para nos assustar, certamente. Talvez para mais um negócio chorudo distribuído por esse mundo fora, coisa a que um "Indigo-The Movie" não terá direito, porque o sensacionalismo está virado para estas coisas mais mediáticas e explosivas...
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Felizmente, as suas previsões não se concretizaram. O comboio não descarrilou na linha nº4 - descarrilou contudo mais tarde, já ele tinha chegado, jantado, e sentido por ela o desejo crescer. Ela fora esperá-lo à estação: no meio de toda aquela gente sentiu-se perdida, diluída. Muitos esperavam o mesmo comboio, muitos (ou muitas) esperavam o mesmo "ele". "Estou farta de esperar", pensou. "Tinha prometido a mim mesma que nunca mais cairia na armadilha da ausência, esse falso consolo."
Contudo lá estava ela outa vez, à espera, na linha nº4, claro, a única que conhecia naquela estação. Quando viu o comboio entrar teve a percepção nítida que não pararia a tempo, e continuaria pela cidade dentro, tal como desejava senti-lo dentro dela.
Foram para casa preparar o jantar. Ouviram música, dançaram e fizeram o primeiro amor de pé, ao som de um “slow” da Idade Média. Depois deitaram-se. Mas ela não dormiu: "este comboio descarrilou", pensou, "este comboio vai descarrilar, hoje, amanhã ou depois."
Levantou-se, vestiu-se, e foi para um bar no Cais Sodré beber whiskies e tentar marinheiros bêbados. Quando chegou a casa ele já lá não estava.
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