da parolice
gosto mesmo do campo, da frescura do ar, das sinestesias recorrentes e tranquilizantes. e as pessoas tão meigas e cheias de uma simplicidade que nos faz mesmo falta!
mas ontem no comboio, algumas moças da província - chamar-lhe-ias a minha mãe e quiçá a minha avó se ainda falasse - vestidas todas elas segundo padrões de moda altamente modernos e pró-novas tecnologias (contra as quais nada tenho!) aplicadas ao fabrico de tecidos gabavam-se do prazer que tiravam em chegar às suas terras e ostentar as suas aquisições oh-so-fashionable que só na cidade grande se podem encontrar. isto não se faz.
ainda por cima, com tantas cores diferentes, e a esforçarem-se tanto em mostrar que são diferentes e sofisticadas, só conseguem parecer umas palhacitas com ar simpático.
eu tenho uma prima que também é assim.
aos 14 anos começou a ir a lisboa - apesar de viver a uns largos quilómetros da metrópole - para comprar roupas e sapatos e maquilhagem.
hoje em dia parece ter 5 anos mais do que realmente tem. e é uma emproada.
gosto mesmo do campo, da frescura do ar, das sinestesias recorrentes e tranquilizantes. e as pessoas tão meigas e cheias de uma simplicidade que nos faz mesmo falta!
mas ontem no comboio, algumas moças da província - chamar-lhe-ias a minha mãe e quiçá a minha avó se ainda falasse - vestidas todas elas segundo padrões de moda altamente modernos e pró-novas tecnologias (contra as quais nada tenho!) aplicadas ao fabrico de tecidos gabavam-se do prazer que tiravam em chegar às suas terras e ostentar as suas aquisições oh-so-fashionable que só na cidade grande se podem encontrar. isto não se faz.
ainda por cima, com tantas cores diferentes, e a esforçarem-se tanto em mostrar que são diferentes e sofisticadas, só conseguem parecer umas palhacitas com ar simpático.
eu tenho uma prima que também é assim.
aos 14 anos começou a ir a lisboa - apesar de viver a uns largos quilómetros da metrópole - para comprar roupas e sapatos e maquilhagem.
hoje em dia parece ter 5 anos mais do que realmente tem. e é uma emproada.
e a parolice de que falas estende-se aos universos intelectuais e culturais. é um mal transversal. um provincianismo que em momentos de lucidez, em quem consegue distância para tal, se afigura de um ridículo que deixou há muito de ser comovente sequer. beijinho. J.
os parolos intelectuais então são insuportáveis, com as suas teorias miméticas sobre arte e cinema e o raio-que-os-parta.
diz ...