cojones, hay que tenerlos
na aspirina b, escrevem daniel oliveira e demais comentadores daquele blog algumas reflexões pertinentes sobre este caso dos cartoons inimigos de alá e desta história macabra em torno da liberdade de expressão, para além de um cartoon a criticar o jornal que publicou os cartoons polémicos.
polemos significa, em grego, guerra, o cenário cujas probabilidades aumentam com o passar dos dias, com as inúmeras declarações estatais e das mais variadas figuras socio-política do planeta e com o agravar das tensões.
os cartoonistas foram, claramente, uns idiotas.
mais ainda o jornal que encomendou os cartoons.
liberdade de expressão, concerteza, meus senhores, é uma coisa maravilhosa e certamente empowering. desde que essa expressão não ofenda limites socio-culturais tidos como instáveis, incertos ou problemáticos, coisa que acontece, desde há muito, com tudo o que diz respeito à cultura islâmica.
também haverá quem diga que acusar aqueles jornalistas de terem ultrapassado os limites é dar continuidade a esta política marmanja e cobarde de recuar e pedir desculpas sempre que árabes refilam ou queimam ou matam. so be it. não é por aí. nós (leia-se o ocidente imundo) recuamos porque eles têm o controlo sobre o petróleo - ou a maioria das refinarias e grupos de exploração petrolífera e nós somos totalmente dependentes do petróleo. viciados. politicamente dependentes. porque os estados unidos da américa assim o querem.
teoria da conspiração anti-norte-americana? eu não diria tanto.
mas sempre que me lembro de exemplos de prepotência, eles são norte-americanos. não são árabes ou chineses ou russos ou iranianos ou coreanos. no máximo, o que os líderes destes países pretendem é igualdade em termos de oportunidades, conhecimentos e técnicas. estão a tentar abrir novos caminhos, inovar. os idiotas do outro lado do atlântico é que se mantêm irredutivelmente alienados do resto do mundo, fechados na sua redoma que, já perceberam, é falível, mas teimosamente deixam-se ficar naquele marasmo moralista e conservador, porque não percebem e não querem perceber o que se passa noutros países e noutras culturas diferentes e claramente mais complexas que a deles.
na aspirina b, escrevem daniel oliveira e demais comentadores daquele blog algumas reflexões pertinentes sobre este caso dos cartoons inimigos de alá e desta história macabra em torno da liberdade de expressão, para além de um cartoon a criticar o jornal que publicou os cartoons polémicos.
polemos significa, em grego, guerra, o cenário cujas probabilidades aumentam com o passar dos dias, com as inúmeras declarações estatais e das mais variadas figuras socio-política do planeta e com o agravar das tensões.
os cartoonistas foram, claramente, uns idiotas.
mais ainda o jornal que encomendou os cartoons.
liberdade de expressão, concerteza, meus senhores, é uma coisa maravilhosa e certamente empowering. desde que essa expressão não ofenda limites socio-culturais tidos como instáveis, incertos ou problemáticos, coisa que acontece, desde há muito, com tudo o que diz respeito à cultura islâmica.
também haverá quem diga que acusar aqueles jornalistas de terem ultrapassado os limites é dar continuidade a esta política marmanja e cobarde de recuar e pedir desculpas sempre que árabes refilam ou queimam ou matam. so be it. não é por aí. nós (leia-se o ocidente imundo) recuamos porque eles têm o controlo sobre o petróleo - ou a maioria das refinarias e grupos de exploração petrolífera e nós somos totalmente dependentes do petróleo. viciados. politicamente dependentes. porque os estados unidos da américa assim o querem.
teoria da conspiração anti-norte-americana? eu não diria tanto.
mas sempre que me lembro de exemplos de prepotência, eles são norte-americanos. não são árabes ou chineses ou russos ou iranianos ou coreanos. no máximo, o que os líderes destes países pretendem é igualdade em termos de oportunidades, conhecimentos e técnicas. estão a tentar abrir novos caminhos, inovar. os idiotas do outro lado do atlântico é que se mantêm irredutivelmente alienados do resto do mundo, fechados na sua redoma que, já perceberam, é falível, mas teimosamente deixam-se ficar naquele marasmo moralista e conservador, porque não percebem e não querem perceber o que se passa noutros países e noutras culturas diferentes e claramente mais complexas que a deles.
p.s.1: nenhum país será inocente, concerteza, mas não me parece muito justo os estados unidos da américa pretenderem controlar todos os restantes.
p.s.2: e antes que comecem a bombardear-me com comentários repreendedores, lembro que aqui expresso as minhas opiniões, tudo muito pessoal, e partindo de uma reflexão muito pessoal.
p.s.3: tenho ascendência judaica e só posso ter uma vaga ideia do sofrimento pelo qual o meu avó passou desde a deportação dos seus pais para treblinka até ao momento em que atravessou a fronteira entre espanha e portugal. o facto de não aceitar o estado de israel não significa que desrespeite ou pretenda ignorar o que foi o holocausto.
isto só prova que existem divergências também entre judeus. calculo que também as existam entre muçulmanos.
o "filha" inicial - cujo tom percebo - não me afectou. eu tenho uma mãe que não me fala nesse tom, logo não associei a nenhum maternalismo, e sim a uma atitude de condescendência. que também percebo. estás a expressar a tua opinião.
eu não disse que o estado de israel não deveria existir, nem falei em expulsar ninguém para lado nenhum, o que escrevi foi que não aceito o estado de israel , o que completamente diferente, e pessoal, tal como disse anteriormente.
relativamente ao "filha", acho que percebeste ao contrário: nunca associei a minha mãe a qualquer tipo de condescendência - não me educou nesse tipo de ambiência ou cultura - portanto o condescendente associei-o apenas a ti e à tua expressão. não gosto muito de indulgências, como referes, a política do "coitadinho" não me agrada. se é para criticar, que seja em grande. as simpatias não deveriam impedir esse tipo de frontalidade, pelo menos, comigo, não impedem - é claro que já levou a situações estranhas e mal-entendidos (nem toda a gente percebe que simpatia e honestidade são coisas diferentes que não têm de andar de braço dado na rua ou em casa).
os cojones do título são os do tipo que publicou o cartoon contra o jornal, não os meus, sou demasiado feminina para esse tipo de coisa (o strap-on fica para quando chegar aos 40 e me sentir banal).
li o teu comentário.
bj
cassy
diz ...