<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

fevereiro 02, 2006

a palavra escrita, último recurso da mudez, é a grande professora de todas as universidades. com a palavra, o(a) professor(a) cativa o imaginário dos alunos. e quanto menos se apercebem disso esses alunos, mais cativados estarão, mais envolvidos ficarão na leitura e na continuação da leitura, de um ou de uma infinitude de autores, porque desse imaginário também eles farão parte.
a contínua exploração dos textos - sejam eles em prosa, poéticos, dramático ou épicos - mantém a paixão por esses textos, e isso é o que a palavra tem de mais extraordinário: não é possível gastá-la, usá-la demasiado, esgotar-lhe o sentido, pois este nunca é apreendido de forma absoluta por um leitor apenas.
o aluno deveria, portanto, encarara leitura como um desproteger da palavra, precisamente porque ela é auto-suficiente, não necessita de protecção, mas sim de crítica. precisa, enfim, que a olhem mas que a vejam realmente, em todo o seu esplendor, pois, como dizia shelley (a defesa da poesia, lx, guimarães ed., 1972, p. 63), "a poesia [poiesis, lembremo-lo, é toda a criação literária] é um sabre nu e refulgente, que consumiria a bainha que o guardasse".

excerto de um comentário crítico às aulas de literatura portuguesa iii (ano lectivo 1999/2000) da minha autoria