situação perfeitamente normal de um quotidiano saudável...acredito que, num restaurante, não se deve fumar, mas alguns permitem essa acção, distinguindo áreas de não-fumadores das de fumadores.
estava eu num desses restaurantes, a degustar uma refeição tardia, quando se sentam, a 50 cm de mim, 4 fumadores vagamente conhecidos do meu local de trabalho e suas respectivas chaminés brancas.
quase de imediato, senti o meu nariz lutar para conseguir filtrar oxigénio; ergui-me e, com o meu tabuleiro numa mão e a minha elegante mala de outono na outra, segui para a área de não-fumadores (que, na verdade, dado que fica ao fundo da sala de refeições, e sem qualquer janela nas proximidades, é pouco ventilada e o fumo, de algum modo, acaba por lá chegar...) sem mais pensar no assunto.
a minha anormal reacção à situação atrás descritaà saída do restaurante, com a minha écharpe amarela a dar nas vistas enrolada no meu pescoço, um dos fumadores - aliás, uma fumadora com ar simpático e um belíssimo, balouçante e semi-desnudo par de mamas embrulhadas em algodão verde - diz: "não era preciso mudares de mesa, por nossa causa..."
ora, perante isto, uma mulher fica imóvel: quer dizer, ela está realmente à espera que eu lhe responda de forma lógica, com aquela carne a olhar para mim!?
fiz o melhor que pude: "não foi por tua causa, tu és muito bonita de ver, mas o fumo incomoda-me."
hilariante! que embaraçoso!
Eu digo "abaixo as teorias, acima a nudez!"
Às vezes, fico sem saber o que dizer...
Passo horas em frente ao espelho, a olhar para o guarda-vestidos e nada... nada que se diga!
eu gosto de me demorar diante do guarda-vestidos e do espelho. gosto de me ver, que é que hei-de dizer...
diz ...