trabalha (mal) comigo um estagiário que tem um irmão gémeo.
eu e a minha homóloga noutra filial estamos em crer que eles se trocam.
só isso explica a lucidez dele num dia e nos restantes um ar arvoado e uma incapacidade de compreensão impressionantes.

manhãs como esta, chuvosas e sobressaltadas, quero passá-las abraçada, morna ou mesmo quente, e sair da cama depois do meio-dia. não quero ver o nublado cinza nem as manchas vagamente coloridas que protegem as pessoas da chuva. só sentir meiguice.

vamos falar de anime: windy tales




hoje descobri esta anime: contos ventosos, chamo-lhe eu.
cheira a verão, uma miúda tira fotos às nuvens, em vez de ir às aulas.
há um gato que voa. e depois outros gatos voadores aparecem.
é a loucura.

mas para além da história, os desenhos, invulgares e quase disformes, no que respeita ao corpo humano - as pessoas parecem de papel -, inspiram-me qualquer coisa entre a doçura e a vontade de fazer mais e diferente. ousar.

http://www.windy-tales.com/

mandei o meu curriculum para uma das várias vagas de secretária da comissão do tratado para a não-proliferação de armamento nuclear das nações unidas. disseram que tinha qualificações a mais e pediram autorização para reencaminhar o documento para outros organismos das nações unidas.
europa, eu gosto de ti. a sério. agora, ajuda-me a sair daqui.

3 minutos antes de a maré encher o nariz arrebita e o sorriso é manso.
desbravadores de terrenos com êxito.

os astros por andreia gaita - dia 18/10/2006

"virgem: dia de fazer exercício. vá aos pulinhos para o trabalho."

"aquário: vai ganhar o prémio nobel da literatura ao escrever o cartão de parabéns mais emocionante que alguma vez foi escrito."

"quase tudo pode acontecer hoje. não saia de casa sem comida, fósforos, uma faca e 50 metros de corda."

eu acho-a o máximo!

não sei o que dizer...
o trabalho é uma treta, as pessoas estão a ir-se embora aos poucos, qualquer dia, começo a sentir-me uma sobrevivente de chernobyl...

não ando a ler nada de jeito, a não ser um livrito intitulado the spirit of aikido.
a filosofia da harmonia está a conquistar-me aos poucos, a agressividade escapa-se-me por entre os fios de cabelos suados e no vazio entre corpos que se libertam um do outro.

queria poder dizer o que chegou de interessante à livraria, mas nem sequer tenho lá estado tempo suficiente para saber quais as últimas novidades.
sei que a capa do monstros invisíveis do chuck palahniuk pela casa das letras me atrai sempre que passo por ela, a caminho da casa de banho, por entre clientela a cheirar a mofo, a chuva e, por vezes, a mijo.

entre aulas, metro, ar sufocante, pessoas, vozes, viagens mentais até às lonjuras, almejo chegar a casa.
aos braços de quem me conhece. de quem me quer.

pessoal, lembrem-se sempre da dose diária de magnésio!

há uma crise na recruta de jovens nas forças armadas norte-americanas e este livro parece estar a ajudar a mantê-la.

elizabeth weill-greenberg, 10 excellent reasons not to join the military (the new press, 2006).

1. you may be killed
2. you may kill others
3. you may be injured
4. you may not receive proper medical care
5. you may suffer long-term health problems
6. you may be lied to
7. you may face discrimination
8. you may be ordered to do things against your beliefs
9. you may find it difficult to leave the military
10. you have other choices

esta noite, sonhei muito. e acordei arrepiada e com um medo estranho. é verdade que ando muito agitada, ansiosa e com quebras de tensão.
parece que é falta de proteína - é verdade que me descuidei com a soja - mas as coisas vão voltar ao normal. continuam as palpitações...

também pode ser o princípio de um esgotamento.

bah!

entrar numa qualquer carruagem do metro às 8h30 não é saudável. e porque é que as pessoas insistem em vestir roupa de inverno antes dele chegar?

a minha faculdade e o processo de bolonha...

brincam.
é esse o verbo. brinca a faculdade ao "processo de bolonha" e brinca o processo de bolonha nos papéis afixados nas paredes da faculdade.
mas é só o que fazem, porque, na prática, reina o caos. pior, reina o pânico.
as aulas começam a 25 de setembro.
não, esperem... é preferível começar no dia 2 de outubro.
e uma pessoa vai à faculdade, espera meia hora pelos professores que não aparecem ou, quando aparecem não têm a certeza da sala onde deverão leccionar e nem sequer sabem quem são os seus alunos, porque ainda não têm a certeza que alunos vão ter que cadeiras!
ah, afinal as aulas começarão dia 16 de outubro.
e é claro que continuam a pensar que, naquela faculdade, só andam miúdos sem nada para fazer da vida e esquecem-se das pessoas que já têm uma vida fora daquele lugar.
e provavelmente, os alunos do 4º - e quiçá os do 3º ano - não serão abrangidos pelo processo de bolonha (quer dizer, nem faz sentido: bolonha quer que, ao fim de 3 anos, se conclua a licenciatura, então, se fico abrangida, já sou licenciada, caramba!), portanto, teremos de fazer nova matrícula, com as cadeiras do antigo plano curricular (óptimo, fico sem teoria da literatura i que o processo de bolonha me ofereceu, quando eu já só tinha 4 cadeiras para terminar o curso).