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novembro 11, 2004

diário de um gimniófobo [iii]

o professor lá ia explicando platão o melhor que conseguia, que ele acreditava ser o melhor universalmente possível, e ia-se esquecendo do eros e da forma. ia-se esquecendo do que havia de mais escandaloso na filosofia platónica, o erotismo da proximidade de corpos nus, a latência do toque despojado e casual. era, porém, a sala de aula, escura, fria e de paredes de mofo revestidas a livros que mais me atraía o olhar. e um olhar cheio de admiração e ternura. um sopro fantásmico erguia as folhas soltas que o professor pousara sobre a secretária. lá fora, o sol tentava libertar-se do amplexo da névoa esbranquiçadamente feminina. o chão de madeira carunchoso era povoado por pequenas criaturas entómicas, silenciosas, curiosas com o tamanho do seu universo.