diário de um gimniófobo [i]
não me conseguia imaginar nu.
parecia-me algo de profano, como se alguém que não queria que me visse vulnerável me pudesse, de facto, ver. assim, nu. incomodava-me os jogos olímpicos da antiguidade porque não compreendia como podiam aqueles homens viris combater e disputar, agonistas e agonizantes, tão nus, tão simplesmente nus.
e se a minha nudez me causava fortes impressões no baixo ventre, que dizer da dos outros? e a nudez das mulheres? que fazer com a nudez senão apressar-me a cobri-la? a minha, a de toda a humanidade. a nudez incomodava-me, é certo, mas não pretendia fazer disso uma grande questão vital pendente. resolvê-la-ia quando pudesse. quando tivesse espelho. de qualquer forma, não me queria imaginar nu.
não me conseguia imaginar nu.
parecia-me algo de profano, como se alguém que não queria que me visse vulnerável me pudesse, de facto, ver. assim, nu. incomodava-me os jogos olímpicos da antiguidade porque não compreendia como podiam aqueles homens viris combater e disputar, agonistas e agonizantes, tão nus, tão simplesmente nus.
e se a minha nudez me causava fortes impressões no baixo ventre, que dizer da dos outros? e a nudez das mulheres? que fazer com a nudez senão apressar-me a cobri-la? a minha, a de toda a humanidade. a nudez incomodava-me, é certo, mas não pretendia fazer disso uma grande questão vital pendente. resolvê-la-ia quando pudesse. quando tivesse espelho. de qualquer forma, não me queria imaginar nu.
diz ...