a manhã passeeia-a (é mesmo este o verbo que quero usar) pela gulbenkian. como é bonito o outono naqueles jardins, e como estava silencioso, como ruído deslizante de um pato a velocidade de cruzeiro no lago, sem crianças, sem turistas... o ocasional madrugador, a secretária que sonha com uma estadia prolongada no brasil, o fotógrafo amador e eu.
sentada num banco diante do lago, uma mulher nos seus trinta, como cabelo ruivo apanhado de forma desajeitada, parecia ter estado a chorar. parecia tão sozinha que me senti atraída por ela e, ainda que sentisse a pele arrepiada por uma inquietação estranha, quis confortá-la, dar-lhe um abraço, sorrir-lhe e oferecer-lhe um pouco de sol.
hesitei demais e ela, percebendo o meu olhar atento, ergueu-se e foi-se embora, o passo apressado e os dedos secando as lágrimas presas nas pestanas.
sentada num banco diante do lago, uma mulher nos seus trinta, como cabelo ruivo apanhado de forma desajeitada, parecia ter estado a chorar. parecia tão sozinha que me senti atraída por ela e, ainda que sentisse a pele arrepiada por uma inquietação estranha, quis confortá-la, dar-lhe um abraço, sorrir-lhe e oferecer-lhe um pouco de sol.
hesitei demais e ela, percebendo o meu olhar atento, ergueu-se e foi-se embora, o passo apressado e os dedos secando as lágrimas presas nas pestanas.
Os passeios nos faustos jardins da Gulbenkian são sempre mui agradáveis. Ora no esplendor da relva, ora junto aos cursos de água. Ora em exercícios para o corpo, ora em alimentos para a alma.
curiosa coincidência... :) postei hoje um texto que escrevi, verás depois onde. percorrer a seguir o blog de uma amiga, naveguei até ao teu, e o segundo post que li teu foi este. senti-me incrédulo pela empatia com que te li. pela identidade com os momentos que descreves. pelas hesitações que já senti também face a quem vejo lá. foi um encontro bom este, no teu sítio. beijinho. J.
diz ...