<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

outubro 01, 2004

das guerras políticas

sabemos que as troianas foi representada pela primeira vez em 415. sabemos também que o contexto histórico propiciava a abordagem feita por eurípides a um tema tão amargo como a ruína de uma cidade e a chacina de um povo: em 416, a ilha de melos fora tomada pelos atenienses que procederam a um saque medular, finalizando com a chacina dos seus habitantes e discutia-se já, no auge desta vitória inglória, uma expedição à sicília.
se as troianas pretendesse alertar os espíritos para o perigo de uma tal aventura, eurípides teria falhado. esta tragédia, porém, tal como hécuba, não é senão a expressão do pensamento do tragediógrafo, a expressão de uma desilusão generalizada em relação à quebra dos valores sociais e em relação ao caos que se vivia. que eurípides impugna a guerra, parece não haver dúvidas, mas não devemos interpretar linearmente as troianas como uma mensagem política de alguém que pretende interferir no funcionamento político-social da πόλις.
a tragédia era um excelente palco para gritar contra os tiranos, porque a ambição cega que os atingia não lhes permitia ver com clareza os seus erros. situar esta realidade coeva nos tempos idos da tróia, a cidadela luzidia de ouro, era gritar o mais alto possível que o fim seria terrível e que o vencedor seria, de alguma forma, vencido.
eurípides, creditando ou não os rumores sobre o seu isolamento a nível político, era um cidadão de atenas e, como tal, um espectador da capacidade devastadora daquele poder tirânico.
como cidadão de atenas, o silêncio ser-lhe-ia ignóbil ou apenas quase insuportável?
Blogger Ricardo disse...

Excelente visão da tragédia. Queria autorização para publicar o texto no meu blogue (http://linguaseliteraturasclassicas.blogspot.com/). Desde já agradecido.

2/10/04 23:56  
Blogger cassandra disse...

autorização dada.
és de clássicas (lx)?

4/10/04 20:40  
Blogger Ricardo disse...

Sim, finalista de Clássicas, na FLUL :D
O texto será publicado daqui a pouco!!

4/10/04 23:00  
Blogger cassandra disse...

tb sou finalista de classicas, sei lá, pela 3ª vez (muitos risos)! este ano vou fazer uma cadeira: linguística latina. vejo-te por lá :)

6/10/04 23:33  

diz ...