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fevereiro 25, 2009

nikos kavvadias (1910-1975)



'se réveiller et se trouver dans un pays où l'on vient pour la première fois. on se frotteles yeux, qui sont rougis et fatigués. on voit trouble. des hommes que l'on n'imaginait pas. on s'attache à eux. on s'en va. on se souvient d'eux quand on reste pour un temps chez soi, à l'heure où l'on se couche pour dormir. le souvenir n'a de valeur que quand on sait que l'on repartira pour un nouveau voyage. le pire des areniements, le plus grand désespoir est de jeter l'ancre dans son pays et de vivre de souvenirs.'(1)

o título original deste romance é vardia, que significa "render da guarda". kavvadias foi sobretudo um marinheiro. escreveu sobre as suas melancolias e desventuras, na maior parte das vezes sob a forma de poemas e muito do que escreveu foi adaptado em canções que ainda hoje se cantam por toda a grécia, esse país tão ligado ao mar.
no entanto, escreveu este romance, o seu único romance, e é tão amargo e lógico e repleto de mágoas que, muitas vezes, só se adivinham nas entrelinhas que eu não podia deixar de o referir aqui. li-o como uma grande confissão sem pudor, com o desfile de prostitutas, memórias, portos, paisagens e amigos a fazer de mim uma aspirante a marinheira também.
como se fosse um novo odisseu encalhado entre ilhas e ventos, nikos kavvadias fala do absurdo, mas sobretudo da relação entre o homem e o mar.


(1) in nikos kavvadias, le quart (éditions 10/18, 1994), p. 219. comprei a edição da 10-18 há sete anos, após me ter sido aconselhada a leitura de um poema seu, cujo nome não me recordo, por um ex-marinheiro cliente assíduo da livraria onde trabalho. essa edição esgotou duas semanas depois de a ter comprado. há três meses foi reeditada esta obra intimista, pela gallimard, na sua polida colecção folio.

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