o homem e o trágico iii
mas a verdade é que o trágico, tal como outras experiências humanas, surge em momentos específicos. o trágico não nasce apenas da percepção que o homem tem do mundo. o trágico emerge quando o olhar humano não encontra um mundo ordenado. e falamos em ordem, porque o homem vive procurando uma ordem que legitime a sua acção e a sua existência.
mas a manifestação da consciência trágica do indivíduo e da sua relação com o resto do mundo, consciência potencialmente universal, está presente na literatura grega de uma forma não-acidental desde logo, na lírica arcaica (arquíloco, safo e anacreonte).
uma concentração do olhar na interioridade do indivíduo e a percepção da sua complexidade leva à desunificação da exterioridade. e teria sido precisamente a dissolução da unidade que envolvia o homem homérico e a construção de uma distância entre o homem e a sua própria acção condições essenciais para a emergência do momento reflexivo e agónico da tragédia do século v a.c.
mas a verdade é que o trágico, tal como outras experiências humanas, surge em momentos específicos. o trágico não nasce apenas da percepção que o homem tem do mundo. o trágico emerge quando o olhar humano não encontra um mundo ordenado. e falamos em ordem, porque o homem vive procurando uma ordem que legitime a sua acção e a sua existência.
mas a manifestação da consciência trágica do indivíduo e da sua relação com o resto do mundo, consciência potencialmente universal, está presente na literatura grega de uma forma não-acidental desde logo, na lírica arcaica (arquíloco, safo e anacreonte).
uma concentração do olhar na interioridade do indivíduo e a percepção da sua complexidade leva à desunificação da exterioridade. e teria sido precisamente a dissolução da unidade que envolvia o homem homérico e a construção de uma distância entre o homem e a sua própria acção condições essenciais para a emergência do momento reflexivo e agónico da tragédia do século v a.c.
diz ...