porto covo ii
quero tocá-lo, sabes?
e, às vezes, estou quase a tocá-lo, mas luto comigo mesma e parece que as minhas mãos vão rebentar de tanto pulsar e que sangue e carne irão espalhar-se pelo ar se não o tocar, mas não o toco. não o toco e imagino o que aconteceria se o fizesse, se tivesse coragem. tocá-lo e sentir o sangue correr mais depressa. tocá-lo e aconchegar-me no seu calor. tocá-lo e sentir a minha pele consolar a dele, a dele proteger a minha. mas não o toco.
e o que lhe digo não é o que lhe quero dizer. falar-lhe-ia, um dia, enquanto o tocasse, com meiguice, do amor que sentira por ele, antes, agora. contar-lhe as hesitações, a paixão, o formigueiro nos dedos. nunca fui muito boa a dar nomes aos meus sentimentos, acho que nem sequer os consigo explicar, mas o que não consigo negar ou pôr em dúvida, é o facto de ter sentimentos. sim, quero estar com ele. sim, quero tocá-lo. sim, quero escutar o que ele tem para me dizer. e dar-lhe prazer. cheirar a pele dele quando a minha se lhe acostar e exigir mais calor.
junho 2003
quero tocá-lo, sabes?
e, às vezes, estou quase a tocá-lo, mas luto comigo mesma e parece que as minhas mãos vão rebentar de tanto pulsar e que sangue e carne irão espalhar-se pelo ar se não o tocar, mas não o toco. não o toco e imagino o que aconteceria se o fizesse, se tivesse coragem. tocá-lo e sentir o sangue correr mais depressa. tocá-lo e aconchegar-me no seu calor. tocá-lo e sentir a minha pele consolar a dele, a dele proteger a minha. mas não o toco.
e o que lhe digo não é o que lhe quero dizer. falar-lhe-ia, um dia, enquanto o tocasse, com meiguice, do amor que sentira por ele, antes, agora. contar-lhe as hesitações, a paixão, o formigueiro nos dedos. nunca fui muito boa a dar nomes aos meus sentimentos, acho que nem sequer os consigo explicar, mas o que não consigo negar ou pôr em dúvida, é o facto de ter sentimentos. sim, quero estar com ele. sim, quero tocá-lo. sim, quero escutar o que ele tem para me dizer. e dar-lhe prazer. cheirar a pele dele quando a minha se lhe acostar e exigir mais calor.
junho 2003
como assim, morreu? como assim!?
diz ...