porto covo i
não era nada disto que eu estava à espera. o marulhar das ondas, o ciciar da espuma nas rochas perturbara-me de forma inesperada e tudo dentro de mim, do meu sangue ganhava um som específico, tinia com o vento e as memórias que me açoitavam as faces. não ia chorar. tinha a certeza que, por entre os ruídos da natureza, o barulho das lágrimas resultaria ensurdecedor e mais profundos seriam os sulcos cavados entre o sal pousado no rosto. uma falésia, uma praia, rochas, de novo uma falésia, mais rochas, duas praias gémeas separadas por um barquito encalhado e carcomido pelos peixes, pela água e pelo sol. eram seis horas da tarde e eu sonhava com um crepúsculo exclusivo. e sorria diante daquela tolice.
junho 2003
não era nada disto que eu estava à espera. o marulhar das ondas, o ciciar da espuma nas rochas perturbara-me de forma inesperada e tudo dentro de mim, do meu sangue ganhava um som específico, tinia com o vento e as memórias que me açoitavam as faces. não ia chorar. tinha a certeza que, por entre os ruídos da natureza, o barulho das lágrimas resultaria ensurdecedor e mais profundos seriam os sulcos cavados entre o sal pousado no rosto. uma falésia, uma praia, rochas, de novo uma falésia, mais rochas, duas praias gémeas separadas por um barquito encalhado e carcomido pelos peixes, pela água e pelo sol. eram seis horas da tarde e eu sonhava com um crepúsculo exclusivo. e sorria diante daquela tolice.
junho 2003
diz ...