<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

agosto 19, 2004

fissura espacio-tamporal (parte 2 de uma totalidade hipotetizada)

se não sei o meu nome, saberei quem sou? serei ainda alguém?
se não sei de onde vim, como regressar atrás?
e então, vemo-nos presos num sítio incerto em que palavras escritas e sons equivalem a um nada. sucedem-se episódios de «nada»: as pessoas, a natureza, o que nos rodeia. todos os dias exactamente o mesmo, perfeitamente ordenados na exacta sequência do dia anterior.

presos na eternidade. mas perfeitamente felizes.
perfeitamente felizes?
o que é ser feliz, se não tenho memória do que existiu antes?

porque memória e percepção sensorial são tão enviesadas, contamos sempre com uma determinada realidade - porque não chamar-lhe realidade alternativa? - para provar a realidade dos factos.
até que ponto os factos que reconhecemos como tal são realmente como aparentam ser, e até ponto estes factos o são apenas porque os classificamos como tal, é algo impossível de precisar.
assim, para estabelecer a realidade como realidade, é necessária outra realidade de modo a podermos relativizar a primeira; essa outra realidade requer uma terceira que lhe sirva de, digamos, contraponto.
está, então, criada uma corrente interminável a nível da consciência e é a manutenção desta corrente que produz a sensação de estarmos realmente aqui, de nós próprios existirmos.
se algo acontece a essa corrente, sentimo-nos perdidos; se perdemos capacidades mnemónicas potenciadas por uma determinada realidade daquela corrente criada, estamos, na verdade, a perdermo-nos a nós próprios.

o que é real? eu, que já não sei quem fui, ainda existo?
ainda tenho nome? ainda consigo sonhar?
se não sei o que houve, saberei imaginar o que poderá haver?
Blogger Unknown disse...

a realidade ..uma determinada expansão, uma determinada alteração. sim eternamente marcada, não estagnada.
não se perde nunca toda a memória, ela aloja-se em vários segmentos do se ser, mesmo sem ver ou saber.
nao acredito sermos a máquina que nos querem fazer, se a fôssemos tinhamos undos, deletes e escapes.

24/8/04 22:54  

diz ...