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julho 20, 2004

muitas vezes, andamos por aí desconcentrados e tensos, com reacções deslocadas a palavras e acontecimentos cujo significado total só se descobre dias depois.
com os músculos tensos.
à beira do colapso, à espera da inevitável má notícia do dia da semana do mês do ano, toda a energia parece convergir e acumular-se nas omoplatas, todos os dias um pouco mais.
agitados.
a um gesto mais amplo, os olhos buscam um motivo razoável. e não queremos ouvir vozes, nem carros a buzinar, nem melgas à procura de sangue.
as mãos trémulas e os joelhos fraquejantes.
e então, chega o dia em que acontece o que sentíamos nos ossos que teria de ter lugar.
uma série de coincidências, alguns encontros falhados, motoristas de autocarros que se recusam a abrir a porta a 1 metro da paragem, semáforos com deficiência crónica, estofos mornos no regional da tarde, uma viagem até coimbra.
ele estava lá. desço do comboio e ele está lá. à espera. à minha espera.
percebo nos olhos dele uma tristeza imensa, e a minha alegria transforma-se, gradualmente. deixo cair o sorriso.
percebo. o peso sai de cima do meu corpo.
e já consigo ouvir a erva e os pássaros.
e ele ainda está lá. preso numa fissura do tempo.