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julho 24, 2007

um quarto de tatami i

dás por ti a andar vagarosamente pelas ruas, à noite, como se passeasses no campo solarengo. sentes-te a caminhar em direcção a um túnel interminável, mas, afinal, é só a porta da tua casa, que, ao abrir-se, revela um quarto escuro e nu.
a tua mão pousada no interruptor hesita: quer ouvir aquele estalido reconfortante, mas a tua realidade não merece ser iluminada. pensas.
deitas-te nos lençóis frios, abraças os joelhos e choras. os livros miram-te de cima. vês o amanhecer por entre lágrimas. és a heroína de uma história de amor que ainda não teve lugar.