ainda estamos a falar de anime: ergo proxy (i)
a aproximação filosófica em anime não é propriamente comum.
mas aconteceu, com ergo proxy.
o que se passa, de relance, é que temos estátuas com nomes de filósofos e, a orquestrar toda a montagem alegórica, temos platão.
o movimento da escuridão para a luz é visível. experimentem ver 1 minuto de cada episódio, sucessivamente e verão que a luminosidade aumenta gradualmente.
assim, temos platão à nossa frente e toda uma encenação complexa da alegoria da caverna.
busca-se a luz, o esclarecimento, o saber intelectualizado. mas mais ainda que o saber, o que ergo proxy pretende é a verdade. e nós também, sobretudo depois da fuga espectacular de vincent law para o exterior de romdeau. salvo os auto-raves infectados, todos estão na escuridão, real mayer, vincent e sobretudo os humanos, prisioneiros na redoma que é a cidade de romdeau. todos presos a emoções, factos ou memórias (e falsas memórias), as percepções. pensam que existem porque pensam, mas na verdade foram fabricados. fabricadas as memórias e programados circuitos neurológicos, que verdade há no sentir, no compreender, no recordar? a quem pertence essa emoção, desse instante?
cogito ergo sum. será real este princípio em ergo proxy?
será que, porque realmente pensam - vincent pensa, real pensa, pino pensa -, existem?
é claro que não: tudo não passa de uma fabricação por parte de uma entidade, um proxy. ou serão já criaturas resultantes de um ambiente controlado e ganharam o direito à existência per se?
proxy - um agente catalisador de uma vontade alheia, uma vontade criadora, é responsável pela existência humana. isso conseguimos perceber, pelo menos a partir do episódio 17, com mais clareza.
temos portanto inteligência artificial e a questão ético-moral é a de sempre: será que a humanidade chegará a um ponto em que se verá ultrapassada, em termos de eficiência e conhecimentos, pela inteligência artificial? e se tal acontecer, não começará essa inteligência artificial a controlar a humanidade? o ser humano ambiciona comandar, não ser comandado; logo, a resposta deve ser imediata e implacável: acabar com a inteligência artifical, encontrando a plausibilidade possível para o seu fim.
mas há mais. ergo proxy - portanto agente. portanto, porque penso e existo, ajo.
é muito complexa a série. demasiado para explicar tudo isto com a coerência desejável.
http://www.ergoproxy.com/
p.s.: se fui maçadora, peço desculpas.
a aproximação filosófica em anime não é propriamente comum.
mas aconteceu, com ergo proxy.
o que se passa, de relance, é que temos estátuas com nomes de filósofos e, a orquestrar toda a montagem alegórica, temos platão.
o movimento da escuridão para a luz é visível. experimentem ver 1 minuto de cada episódio, sucessivamente e verão que a luminosidade aumenta gradualmente.
assim, temos platão à nossa frente e toda uma encenação complexa da alegoria da caverna.
busca-se a luz, o esclarecimento, o saber intelectualizado. mas mais ainda que o saber, o que ergo proxy pretende é a verdade. e nós também, sobretudo depois da fuga espectacular de vincent law para o exterior de romdeau. salvo os auto-raves infectados, todos estão na escuridão, real mayer, vincent e sobretudo os humanos, prisioneiros na redoma que é a cidade de romdeau. todos presos a emoções, factos ou memórias (e falsas memórias), as percepções. pensam que existem porque pensam, mas na verdade foram fabricados. fabricadas as memórias e programados circuitos neurológicos, que verdade há no sentir, no compreender, no recordar? a quem pertence essa emoção, desse instante?
cogito ergo sum. será real este princípio em ergo proxy?
será que, porque realmente pensam - vincent pensa, real pensa, pino pensa -, existem?
é claro que não: tudo não passa de uma fabricação por parte de uma entidade, um proxy. ou serão já criaturas resultantes de um ambiente controlado e ganharam o direito à existência per se?
proxy - um agente catalisador de uma vontade alheia, uma vontade criadora, é responsável pela existência humana. isso conseguimos perceber, pelo menos a partir do episódio 17, com mais clareza.
temos portanto inteligência artificial e a questão ético-moral é a de sempre: será que a humanidade chegará a um ponto em que se verá ultrapassada, em termos de eficiência e conhecimentos, pela inteligência artificial? e se tal acontecer, não começará essa inteligência artificial a controlar a humanidade? o ser humano ambiciona comandar, não ser comandado; logo, a resposta deve ser imediata e implacável: acabar com a inteligência artifical, encontrando a plausibilidade possível para o seu fim.
mas há mais. ergo proxy - portanto agente. portanto, porque penso e existo, ajo.
é muito complexa a série. demasiado para explicar tudo isto com a coerência desejável.
http://www.ergoproxy.com/
p.s.: se fui maçadora, peço desculpas.
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