no metro, elas - ambas escandalosamente anorécticas e com demasiada maquilhagem a disfarçar uma idade apetecível, não fosse a anorexia e os ossos a escaparem-se-lhes pelas cartilagens - conversavam sobre unhas de gel e extensões de cabelo, por entre olhares sorridentes, reviravoltas nos cabelos e pestanas a bater contra a carne tenra e colorida sob os olhos trigueiros.
miravam e tentavam seduzir - de alguma forma, pareceu-me que era isso que faziam - dois jovens empresários, vestidos com fatinhos e com os rostos perfeitamente hidratados. esta malta cuida-se. eles sorriam entre si. cheguei a pensar que eram gays. mas não.
saí no marquês, eles também, elas fingiram que saíam ali, riram-se para eles e voltaram a entrar na carruagem com uns pulos inacreditáveis, dados os saltos em que elas se equilibravam.
ao subir as escadas, os dois homens, claramente mais novos que eu e provavelmente mais novos que elas, desataram a rir.
"que parvas! parece que não têm nada na cabeça!", foi o comentário de um deles, por entre as risadas do outro.
miravam e tentavam seduzir - de alguma forma, pareceu-me que era isso que faziam - dois jovens empresários, vestidos com fatinhos e com os rostos perfeitamente hidratados. esta malta cuida-se. eles sorriam entre si. cheguei a pensar que eram gays. mas não.
saí no marquês, eles também, elas fingiram que saíam ali, riram-se para eles e voltaram a entrar na carruagem com uns pulos inacreditáveis, dados os saltos em que elas se equilibravam.
ao subir as escadas, os dois homens, claramente mais novos que eu e provavelmente mais novos que elas, desataram a rir.
"que parvas! parece que não têm nada na cabeça!", foi o comentário de um deles, por entre as risadas do outro.
diz ...