[ii]
passar a vida na diagonal. sem dar muita importância à paisagem, às casotas, à chuva, aos bonecos que encontramos a cada esquina, numa passadeira violada, em média, 150 vezes por dia, que encontramos em alguidares de chapa com rodas, que vemos carregados por caixas metálicas sobre carris. bonecos. é tudo o que temos para ver. passar a vida a ver bonecos, gentes estranhas de comportamentos estranhos de cores estranhas. pontos nebulosos em céus de amarelo + azul = verde. passar o tempo a pensar nesses bonecos é desperdício. só se os bonecos valerem o sacrifício infame da fugacidade crónica. também temos água para cheirar. e vento para tocar. e sonos para sonhar.
passar a vida na diagonal. sem dar muita importância à paisagem, às casotas, à chuva, aos bonecos que encontramos a cada esquina, numa passadeira violada, em média, 150 vezes por dia, que encontramos em alguidares de chapa com rodas, que vemos carregados por caixas metálicas sobre carris. bonecos. é tudo o que temos para ver. passar a vida a ver bonecos, gentes estranhas de comportamentos estranhos de cores estranhas. pontos nebulosos em céus de amarelo + azul = verde. passar o tempo a pensar nesses bonecos é desperdício. só se os bonecos valerem o sacrifício infame da fugacidade crónica. também temos água para cheirar. e vento para tocar. e sonos para sonhar.
diz ...