<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

novembro 14, 2006

ofícios i: o escultor

o mármore frio e disforme olhava-o com desprezo. a barba, a roupa suja e a desfazer-se, a alvura dos ténis, o desalento no olhar. ele sabia bem o que estava lá dentro, dentro do branco profundo. e sabia que conseguia trazê-lo para mais perto. mas compreenderiam essa forma nova e simples, tão simples como um bago de arroz num prato vazio? alguém iria, realmente, compreendê-lo, a ele, que apenas vivia com o mármore, sem pretensões de chegar a lado algum, porque nem sequer conhecia os caminhos da terra?
e alguém, algum dia, iria olhá-lo com a ternura com que ele contemplava o branco distante?