<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

agosto 29, 2005

alucinação


o corpo
o corpo sempre
branco e leve e puro corpo que desnudo
nos flancos do peito a anémona dos dedos
nus e castos
e o esplendor nas unhas de água e lua
dos meus segredos gastos
é urgente descer
sorver o quente e no suor
tecer o rumo da luz nos quadris expostos
deixar q o sol circunde a queda da cintura
e nos olhos um pássaro de altiva cor
entre as pernas a fonte
e o silêncio despido do ardor dos cardos
deita-te comigo e crê
fecha os olhos e crê e sente e vê
como se pode morrer alucinado
nas estradas da língua

fernando campos de castro, "alucinação"

in aa.vv., exposição do movimento
(coimbra, a mar arte, 1999)