todos os dias ele a via: a estender roupa no quintal, a colher amoras nas sebes junto ao riacho, a passear com um menino pequeno, a falar sozinha por entre flores. todos os dias ele dizia que tinha de falar com ela mas acabava por se esquecer até disso enquanto a admirava, do outro lado da estrada, da janela do seu quarto minúsculo.
invejava-lhe a liberdade e o espaço imenso de que dispunha. parecia nem perceber que o tinha.
desejava-lhe a doçura do corpo, senti-lo sob os seus dedos para saber se era tão macio quanto supunha. o vestido prendia-se aqui e ali nas silvas, mas, com gestos bruscos, ela libertava-o e mantinha o tecido entre os dedos durante alguns segundos mais.
invejava-lhe a liberdade e o espaço imenso de que dispunha. parecia nem perceber que o tinha.
desejava-lhe a doçura do corpo, senti-lo sob os seus dedos para saber se era tão macio quanto supunha. o vestido prendia-se aqui e ali nas silvas, mas, com gestos bruscos, ela libertava-o e mantinha o tecido entre os dedos durante alguns segundos mais.
diz ...