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setembro 14, 2004

“só tu e eu é que temos fim, não o tempo”, dizia-lhe a avó de fios de prata a soltarem-se de uma trança de todos os dias, de mãos enterradas numa massa compacta que em breve seria uma tarte, uma deliciosa tarte de maçã, pela qual todos em casa ansiavam. "e quanto mais cedo perceberes isso, melhor será para ti: tu não controlas nada que não esteja dentro de ti. e as coisas hão-de sempre acontecer, não importa o muito que te esforces para o impedir.”
vestiu uma forma velha com uma fina camada de massa, calcou-a com os dedos pacientes, e salpicou-a de farinha.
ele já sabia o que ela faria de seguida: sorriu-lhe e fechou os olhos. todas as vezes que ela fazia aquela tarte, ele sabia que ela fazia magia. sentiu um dedo tocar-lhe a testa e o nariz e tornou a abrir os olhitos. “hoje fiz um boneco diferente.” o pequeno tentava focar a ponta do nariz e perceber o que é que lá estava desenhado a farinha, mas, sem sucesso, tornou a prestar atenção à velhota de avental impecável com cheiro a maçã, a leite e a sol. “és um ponto de exclamação porque os teus olhos brilham enquanto falo.”