reescrita ii
- qualquer um pode matar, seja uma vida, um sonho, uma recordação. qualquer um pode ser um assassino. até tu. – ela apagou o cigarro – matei um homem porque o quis fazer.
- tiveste, com certeza, um bom motivo para o fazer.
- não. – pude perceber um certo espanto nos olhos dela. – seja como for, achas mesmo que ter um motivo justifica o meu crime. apeteceu-me matar alguém.
- mas... matar o teu próprio irmão...
- ele foi o primeiro homem que me apareceu à frente naquele dia.
- e como é que classificarias essa vontade de matar?
- porque é que tenho de classificar o que quer que seja? a minha “vontade de matar”, como lhe chamaste, foi só isso mesmo. nem menos nem mais.
- foi bom encontrar-te de novo. temos de falar mais vezes. com o que vai na tua cabeça, vai ser bom aprender a conhecer-te novamente. – sorri-lhe e soergui-me.
- julgas ser capaz de analisar toda e qualquer mente? não vale a pena tentares perceber-me.
- achas que não o consigo?
- acho.
- a tua? não consigo analisar a tua mente?
- sim.
- fa-lo-ei, prometo-te. dissecarei cada impulso, cada emoção que eu note e obterei a tua personalidade. apostas?
ela já não sorria. estendeu-me a mão, como que despedindo-se, mas reteve-me a mão durante bastante tempo e com força o suficiente para eu perceber que o desafio seria grande.
- aposto a minha vida contra a tua, em como não conseguirás conhecer-me.
vi-a partir, com a luz dos candeeiros rodeados de parasitas a lampejar-lhe nos ombros escondidos e nas pernas nuas. havia cedido àquela aposta. e eu sabia que ela cumpriria a aposta se ganhasse.
- qualquer um pode matar, seja uma vida, um sonho, uma recordação. qualquer um pode ser um assassino. até tu. – ela apagou o cigarro – matei um homem porque o quis fazer.
- tiveste, com certeza, um bom motivo para o fazer.
- não. – pude perceber um certo espanto nos olhos dela. – seja como for, achas mesmo que ter um motivo justifica o meu crime. apeteceu-me matar alguém.
- mas... matar o teu próprio irmão...
- ele foi o primeiro homem que me apareceu à frente naquele dia.
- e como é que classificarias essa vontade de matar?
- porque é que tenho de classificar o que quer que seja? a minha “vontade de matar”, como lhe chamaste, foi só isso mesmo. nem menos nem mais.
- foi bom encontrar-te de novo. temos de falar mais vezes. com o que vai na tua cabeça, vai ser bom aprender a conhecer-te novamente. – sorri-lhe e soergui-me.
- julgas ser capaz de analisar toda e qualquer mente? não vale a pena tentares perceber-me.
- achas que não o consigo?
- acho.
- a tua? não consigo analisar a tua mente?
- sim.
- fa-lo-ei, prometo-te. dissecarei cada impulso, cada emoção que eu note e obterei a tua personalidade. apostas?
ela já não sorria. estendeu-me a mão, como que despedindo-se, mas reteve-me a mão durante bastante tempo e com força o suficiente para eu perceber que o desafio seria grande.
- aposto a minha vida contra a tua, em como não conseguirás conhecer-me.
vi-a partir, com a luz dos candeeiros rodeados de parasitas a lampejar-lhe nos ombros escondidos e nas pernas nuas. havia cedido àquela aposta. e eu sabia que ela cumpriria a aposta se ganhasse.
Eu conheço a Cibelle! Será que voltou? Parabéns, Cassy, pela escrita e por tudo. 1 abraço
diz ...