<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

setembro 14, 2005

o som nas escadas [i]

e ela sabia que não havia ali ninguém, mas, ainda assim, decidiu descer as escadas e deixar os seus sentidos todos aperceberem-se disso, já que o seu cérebro - diziam-lhe - já não era o mesmo.
ao fundo das escadas, a negrura pouco acolhedora, sentiu-se arrepiar. quis voltar ao quente da sala, aconchegar-se no seu cão que teimara em permanecer diante da lareira, mas algo a impedia.
na verdade, era o mesmo algo que a impelira a descer as escadas, a dar atenção a uma espécie de ruído surdo que mais ninguém escutara...
que fazer! sempre se sentira atraída por mistérios ou situações obscuras e não havia realmente ninguém que conseguisse distraí-la das imensas possibilidades que, por exemplo, uma qualquer pessoa mais secretista significava para ela, em termos muito pessoais e geralmente incompreendidos.
afinal, pouca gente tolera intromissões na vida privada...
os segredos - ou aquilo que uma pessoa guarda e tem para si como um segredo, ainda que o não seja na consideração de outros - abismavam-na, fascinavam-na, tiravam-lhe o sono.
e, decidida, ergueu o rosto e acendeu a lanterna.