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dezembro 25, 2004

cântico dos cânticos, livro iii

i. de noite busquei na minha cama aquele a quem ama a minha alma; busquei-o e não o achei.
ii. levantei-me, então, e rodeei a cidade. nas ruas e nas praças busquei aquele a quem ama a minha alma; bsuquei-o e não o achei.
iii. encontraram-me os guardas e eu perguntei-lhes: vistes aquele a quem ama a minha alma?
iv. separando-me deles, logo encontrei aquele a quem ama a minha alma. detive-o e introduzi-o na casa de minha mãe, no quarto daquela que me gerou.
v. pelas gazelas e cervos do campo, peço-vos, ó filhas de jerusalém, não acordeis nem desperteis o meu amor, até que ele o queira.
vi. que é aquilo que vem do deserto, perfumado de mirra, de incenso e de todos os pós aromáticos?
vii. é a liteira de salomão, sessenta bravos entre os valentes de israel a rodeiam.
viii. todos armados de espadas, dextros na guerra, cada um com a sua espada à cinta, devido aos temores da noite.
ix. o rei salomão fez para sim um palanquim de madeira do líbano.
x. ergueu-lhe as colunas de prata, o estrado de ouro, o assento de púrpura, o interior revestido de amor pelas filhas de jerusalém.
xi. ó filhas de sião, saí e contemplai o rei salomão com a coroa que, no dia do seu casamento e no dia do júbilo do seu coração, o coroou sua mãe.


in salomão, cântico dos cânticos (sintra, edições mar*fim, 1987)
tradução de maria simão