diário de um gimniófobo [vi]
como podia a nudez ser algo de culpável se era tão doce e tão mansa e tão luminosa?
se calhar só a vira como tristemente ignóbil porque a desejava. oh, e como a desejava!
queria conseguir estar nu. cheio de nudez e ver na nudez dos outros apenas essa claridade de pele.
a saída da sala de aula, cheia de nus familiares, era, porém, sempre traumática, porque me conduzia à realidade, ao mundo real, às pessoas realmente nuas, aquelas que gritavam essa nudez tão séria. naquele dia, a caminhada até ao parque acalmou-me, achei graça aos cães que pululavam de energia e obediência arianas. o sol trespassava o verde da relva com um sorriso invejável. sentei-me debaixo de uma velha nogueira e fechei os olhos, sentindo o ondular galhofeiro do vento.
como podia a nudez ser algo de culpável se era tão doce e tão mansa e tão luminosa?
se calhar só a vira como tristemente ignóbil porque a desejava. oh, e como a desejava!
queria conseguir estar nu. cheio de nudez e ver na nudez dos outros apenas essa claridade de pele.
a saída da sala de aula, cheia de nus familiares, era, porém, sempre traumática, porque me conduzia à realidade, ao mundo real, às pessoas realmente nuas, aquelas que gritavam essa nudez tão séria. naquele dia, a caminhada até ao parque acalmou-me, achei graça aos cães que pululavam de energia e obediência arianas. o sol trespassava o verde da relva com um sorriso invejável. sentei-me debaixo de uma velha nogueira e fechei os olhos, sentindo o ondular galhofeiro do vento.
larga lá o beijo, tá?
diz ...