<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6455201\x26blogName\x3dsomatos+\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://somatos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://somatos.blogspot.com/\x26vt\x3d4741292353555344611', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

outubro 11, 2004

voi ch'ascoltate: sono arrivata [iv]

quando percebeu que ela se aproximava, recuou um passo.
- tens medo de mim? sou uma mulher.
- dizes-me onde estou?
- se prometeres fazer o que te pedir...
ele olhou em redor. a cozinha parecia-lhe inofensiva. a luz começava agora a irritá-lo. a anca dela agigantava-se na parede e um seio trémulo tocava-lhe a sombra do braço.
- prometo que farei o que quiseres se me indicares a saída.
- dir-te-ei tudo o que quiseres... depois. prometo.
ela afastou uma cadeira da mesa e, com um menear da cabeça, pediu-lhe que se sentasse nela.
um calor húmido molestava-lhe as costas. não queria sentar-se e expôr-se ainda mais, mas sentou-se. pareceu-lhe que emagrecera desde que ali chegara. arranhou as coxas, quis arrancar a sua carne, mas a mão dela segurou-lhe o gesto. a mão dela, quente, cheirava a manteiga e a sol. sem saber como, como se uma nuvem negra lhe toldasse o raciocínio, viu a sua língua lamber-lhe a palma da mão, provar-lhe o cheiro adocicado. pensou que a vira sorrir, mas um olhar mais atento não vislumbrou qualquer alteração nas suas feições sérias.
ela contornou a cadeira até que ele a não visse.
- consegues sentir-me aqui, atrás de ti?
- sim...
- sentes o meu cheiro?
sem resposta, ele fingiu prestar atenção a um insecto inexistente.
subitamente, percebeu que ela lhe atava as mãos atrás das costas. "a corda!", pensou e nova vaga de suor frio lhe percorreu o corpo. mexeu-se timidamente, a princípio. depois, ergueu-se, com um salto, a cadeira feita apêndice. encarou-a com fúria impensada.
- lembra-te do que me prometeste.
Blogger João Neto disse...

Tenho a impressão que as ideias feitas são-no com cimento tal é dificil removê-las. Para alguns, só "forçando" se descobre o prazer que há em transferir a vontade para o outro. Por vezes, funciona...

12/10/04 10:52  

diz ...